Como mostrou o g1, 2022 registrou a maior taxa de alerta de desmate para um primeiro semestre em sete anos de medição na Amazônia Legal – região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
Em um dos dias da atual "temporada de queimadas", a fumaça de incêndios na Amazônia cruzou o céu do Brasil deixando cheiro de queimado em SP e tarde nublada no Rio Grande do Sul.
A ONG ambientalista Greenpeace afirmou em nota que o aumento das queimadas é uma "tragédia anunciada" e está "associado com desmatamento e grilagem de terras".
O desmatamento e os incêndios florestais dispararam durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição em outubro. Desde que ele assumiu a Presidência, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.
"Após quase quatro anos de uma clara e objetiva política anti-ambiental por parte do governo federal, vemos que na iminência do encerramento deste mandato (?), grileiros e todos aqueles que têm operado na ilegalidade viram um cenário perfeito para avançar sobre a floresta", disse no comunicado o porta-voz do Greenpeace Brasil para a Amazônia, André Freitas.