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Carlos Bolsonaro Ă© alvo da PolĂ­cia Federal em operação que apura espionagem ilegal pela Abin

O vereador Ă© alvo de mandados de busca e apreensão

Por Midia NAS em 29/01/2024 às 09:14:12

Nesta segunda-feira (29), a PolĂ­cia Federal realiza operação ainda no âmbito da investigação sobre espionagem ilegal feita na Abin (AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia). O vereador (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme o portal UOL, Carlos Bolsonaro Ă© alvo da operação nesta segunda-feira. A PolĂ­cia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra pessoas que teriam recebido informações da "Abin paralela".

Segundo as investigações, a Abin teria sido usada durante o governo de Jair Bolsonaro para monitorar adversĂĄrios polĂ­ticos. A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do vereador Carlos Bolsonaro, na Barra da Tijuca, no , mesmo condomĂ­nio onde Jair Bolsonaro tambĂ©m tem casa.

O vereador Carlos Bolsonaro não estĂĄ no Rio de Janeiro. Conforme o UOL, ele estĂĄ em Angra dos Reis (RJ), onde participou de uma live com o pai e os irmãos FlĂĄvio e Eduardo no domingo (29).

Ainda hĂĄ informação de que assessores do vereador tambĂ©m são alvos da operação.

Operação Vigilância Aproximada

Investigação da PF que resultou na operação denominada "Vigilância Aproximada", na manhã da Ășltima quinta-feira (25) apontou que os supostos espionados seriam figuras pĂșblicas, como os ministros do Supremo Tribunal Federal,  e Gilmar Mendes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados  e o ministro da Educação, Camilo Santana - na Ă©poca governador do CearĂĄ.

Na operação, que Ă© uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado, a PF cumpriu 21 mandados contra suspeitos de participar de espionagem ilegais na AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) e investiga o que chamou de "organização criminosa", acusada de se instalar na AgĂȘncia e usar a estrutura estatal para investigar adversĂĄrios polĂ­ticos sem autorização judicial.

Procurada, a Abin não se manifestou.

Segundo os investigadores da PF durante a primeira operação, em outubro de 2023, a Abin fez 33 mil monitoramentos ilegais durante o governo Bolsonaro. Do total, 1,8 mil foram destinados à espionagem de polĂ­ticos, jornalistas, advogados, ministros do STF e adversĂĄrios da gestão do ex-presidente.

Segundo as investigações da PF, havia tentativa de relacionar os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes a uma facção criminosa com o intuito de difundir notĂ­cias falsas.

No caso de Camilo Santana, policiais flagraram integrantes da Abin operando drones que sobrevoavam a residĂȘncia oficial do atual ministro em Fortaleza.

A agĂȘncia chegou a instaurar um processo administrativo contra dois servidores, mas o caso foi arquivado.

A investigação tambĂ©m indica que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia estaria entre as autoridades espionadas ilegalmente. As informações são do jornal O Globo.

Principal alvo das investigações, o ex-chefe do órgão e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) esteve à frente do Abin entre julho de 2019 e abril de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No perĂ­odo, dois servidores teriam utilizado a estrutura estatal para localizar os alvos da espionagem e foram presos em outubro de 2023. O deputado Ă© prĂ©-candidato do PL à Prefeitura do Rio e teve o apoio de Bolsonaro confirmado em novembro.

HĂĄ buscas contra Ramagem no gabinete na Câmara e no apartamento funcional em . Procurados pelo Estadão, o deputado e a Abin não se pronunciaram atĂ© a publicação deste texto. O espaço seguirĂĄ aberto para manifestações.

A ordem para deflagrar a operação foi expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a investigação, o crime envolvia o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado.

As investigações apontam para o uso do sistema FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint). O software Ă© capaz de detectar um indivĂ­duo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G.

Para encontrar o alvo, basta digitar o nĂșmero do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a Ășltima posição.

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