Compõem a lista os juristas Graciane Aparecida do Valle Lemos, JosĂ© Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior. A vaga foi aberta com a saĂda de Tiago Paiva dos Santos.
A nomeação de um novo juiz Ă© necessĂĄria para que o tribunal regional possa julgar processos de cassação de registro ou perda de diploma. Um deles trata do senador Sergio Moro (União-PR).O senador Ă© alvo de ações protocoladas pelo PT e pelo PL na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no perĂodo de prĂ©-campanha em 2022 e pedem a cassação do mandato.
O julgamento havia sido marcado para o dia 8 de fevereiro. No entanto, em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o TRE-PR informou que as datas dos julgamentos serão definidas somente após o quadro de sete juĂzes membros estar completo.
"De acordo com o artigo 28, § 4Âș, do Código Eleitoral, as decisões dos tribunais regionais sobre quaisquer ações que possam resultar em cassação de registro ou perda de diploma somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros", diz a nota. "Com o quadro de juĂzes membros completo, serĂĄ imediatamente designada data para julgamento dos processos que exijam julgamento por quórum completo", finaliza o documento.
Entenda o caso
Em dezembro ao ano passado, o MinistĂ©rio PĂșblico Eleitoral (MPE) do ParanĂĄ defendeu a cassação do mandato de Moro por entender que houve uso "excessivo de recursos financeiros" antes da campanha eleitoral.
Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de prĂ©-candidatura à PresidĂȘncia da RepĂșblica. Em seguida, ele deixou o partido e passou a fazer campanha ao Senado.
Foram citados gastos de aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vĂdeos e consultorias.
No caso de eventual cassação, caberĂĄ recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em BrasĂlia. No entanto, se a possĂvel condenação for mantida, novas eleições para o Senado deverão ser convocadas no estado.
Durante a tramitação do processo, a defesa do senador negou as irregularidades e disse que as acusações tĂȘm "conotação polĂtica". Para a defesa, gastos de prĂ©-campanha à PresidĂȘncia não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo Ă© de votação nacional e o outro somente no ParanĂĄ.