O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump recorreu à Suprema Corte norte-americana alegando ter direito à imunidade presidencial para que não seja processado no caso em que é acusado de haver conspirado para alterar os resultados das eleições no país em 2020. Esse é um dos quatro processos aos quais ele responde atualmente.
Contexto: Na semana passada, uma corte dos EUA já havia decidido que ele não tem esse direito e que pode ser julgado por envolvimento na invasão ao Congresso americano. A defesa dele pediu à Suprema Corte que suspenda essa decisão.
Três dos nove ministros da Suprema Corte foram indicados por Trump, o que garante uma maioria conservadora na Corte de 6 a 3.
A alegação da defesa foi a de que Trump era presidente à época e, portanto, teria direito a proteções legais, como o impedimento de ser processado criminalmente.
A acusação, porém, argumentou que ele agia como candidato e não como presidente quando pressionou oficiais para tentar mudar o resultado do pleito.
Depois que o democrata Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2020, Trump passou semanas insistindo publicamente que, na verdade, era ele quem tinha vencido. No dia 6 de janeiro de 2021, encorajou uma multidão a ir ao Capitólio enquanto a eleição de Biden era oficializada.
Na terça passada (6), no entanto, juízes do Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, rejeitaram o pedido. O julgamento desse caso havia sido marcado para março deste ano, mas os juízes decidiram adiá-lo, e ainda não marcaram uma nova data.
A defesa de Trump quer que o julgamento aconteça apenas após as eleições presidenciais dos EUA, em novembro.