Derrotado com apoio do governo na última eleição, Barbosinha terá dificuldade para concorrer em Dourados

O vice-governador, José Carlos Barbosa, conhecido como Barbosinha, quer entrar na briga pela Prefeitura de Dourados. Filiado ao PP, ele terá o desafio de encontrar um partido para concorrer e desta vez, com uma campanha mais difícil que da outra eleição, quando perdeu, mesmo com apoio do Governo do Estado.

Ao se lançar como pré-candidato, em entrevista para Grande FM, de Dourados, Barbosinha disse que espera pontuar bem nas próximas pesquisas. A expectativa é aparecer melhor para tentar convencer o PSDB e, especialmente do governador Eduardo Riedel, a apoiá-lo novamente na segunda maior cidade do Estado.

Barbosinha não terá espaço no PP, onde o partido já declarou apoio ao atual prefeito, Alan Guedes, e terá que entrar no fim da fila no PSDB, que já tem Lia Nogueira e Geraldo Resende entre os interessados.

Lia e Geraldo disputam a preferência com Marçal Filho, que nem se filiou ao partido ainda, mas é o favorito para concorrer representando o PSDB. Ele tem como ponto positivo o fato de liderar as pesquisas, ainda que não seja uma unanimidade no partido. Sem Marçal, Lia passa a ser favorita no PSDB, por ter a simpatia de boa parte dos filiados. Ela seria a opção, caso Marçal desistisse.

Atrasado para se manifestar sobre candidatura, Barbosinha também não deve ter espaço no MDB, que já está praticamente acertado com o PSDB, para lançar o vice-prefeito. No PL, também não deve encontrar abrigo, já que o líder do partido no Estado, Marcos Pollon, rejeita aliança com o PSDB. Hoje, Barbosinha é vice justamente do PSDB.

Sobra para Barbosinha o União Brasil, hoje comandado por Rose Modesto, e partidos considerados menores, sem possibilidade de oferecer grande estrutura para campanha, o que deve dificultar a vida do ex-governador, que na última eleição perdeu com maior tempo na campanha e mais investimento. Alan Guedes foi eleito com 34.242 votos (33,09%), contra 31.650 (30,59%) de Barbosinha.

Barbosinha foi convidado por Geraldo Resende para retornar ao ninho tucano. Foi uma forma de troco em Zé Teixeira, que havia convidado Marçal Filho para retornar. Curiosamente, Geraldo também perdeu a eleição em Dourados, mesmo com apoio do Governo. Em 2016, Délia Razuk foi eleita com 43.252 votos (39,82%), contra 40.149 (36,96%) de Geraldo Resende.