MS tem cerca de 1.400 consumidores que podem se beneficiar com a migração para o mercado livre. Vice-presidente de Soluções Energéticas do grupo Energisa e líder da (re)energisa, Roberta Godoi
Anderson Viegas/g1 MS
Desde 1º de janeiro deste ano, indústrias, estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e instituições de saúde, entre outros, enquadrados como consumidores de energia em alta e média tensão (grupo A), com carga instalada acima de 75 kW, já tem a possibilidade de escolher seu fornecedor de energia, com flexibilidade para negociar preços.
Essa oportunidade pode representar uma economia no custo da energia de 18% a 20%, segundo a vice-presidente de Soluções Energéticas do grupo Energisa e líder da (re)energisa, Roberta Godoi.
A (re)energisa foi criada pelo grupo em 2020 para atuar neste segmento e em outros atendendo empresas de todos os portes na cidade e no campo, com produtos e serviços personalizados em geração distribuída por meio de fontes renováveis, comercialização de energia no mercado livre, serviços de valor agregado, biometano e biofertilizante.
Roberta Godoi, aponta que Mato Grosso do Sul já tinha cerca de 500 grandes consumidores que compravam energia, antes mesmo da alteração da legislação, quando a aquisição só era possível para clientes que tinham potencia instalada acima de 500 kW, e que com a mudança a partir deste ano, cerca de outros 1.400 podem se beneficiar.
No país, segundo dados do relatório de migração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quase 17 mil consumidores do grupo A já solicitaram a mudança para o mercado livre em 2024. Esse volume representa cerca de 20% do total do grupo, segundo a líder da (re)energisa.
Em Mato Grosso do Sul mais de 180 unidades consumidoras indicaram que querem migrar, conforme os dados da agência.
O diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes
Anderson Viegas/g1 MS
O diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, ao analisar o potencial que se desenha para o mercado livre lembrou, entretanto, que o consumir precisa ter prudência antes de fazer a contratação. "O mercado livre é igual ao sistema financeiro. É preciso que o consumidor pesquise, se informe e busque sempre o fornecedor que tenham credibilidade, para assegurar o recebimento do serviço contratado", alertou.
Ele antecipou que o mercado livre de energia no país deve crescer ainda mais nos próximos anos, com a abertura, entre 2026 e 2028, da possibilidade da aquisição para todos os grupos de consumidores. "O consumidor vai ter a oportunidade de escolher entre continuar com o sistema atual ou migrar para o mercado livre. Poderá escolher a energia de que fonte quer consumir e o preço que pretende pagar", revela.
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