Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul apresentarão moção de repúdio contra falas de vereadores contra mulheres no interior de Mato Grosso do Sul.
O caso foi levado à Assembleia pela deputada Lia Nogueira (PSDB), que lamentou o comportamento dos políticos em pleno século XXI. Ela pontuou que é algo que acontece com frequência e não escolhe cor partidária.
“Não é coisa de feminista ou partido de esquerda ou direita São coisas inadmissíveis e não podemos aceitar este tipo de violência. Venho do parlamento municipal e já passei por isso. No mês da mulher, é deplorável”, protestou Lia.
Os deputados Paulo Corrêa (PSDB) e Rinaldo Modesto (Podemos) sugeriram que a moção fosse apresentada em nome da Casa, por conta da gravidade do caso.
Dois casos
A vereadora de Cassilândia, Sumara Leal, usou a rede social para protestar contra a fala do presidente da Câmara do Município, vereador Arthur Barbosa Souza Filho, após ter o microfone cortado e ainda ouvir que deveria usar o restante do corpo para trabalhar, como usa a língua.
"Empenhadas para que o evento fosse realizado e realizado com sucesso. vocês sim são dignas de representação e meu respeito como mulheres. e dizer que se usasse o restante do corpo para trabalhar em prol da sociedade, igual usa a língua para difamar, o município seria muito melhor", declarou o presidente da Câmara ao final da sessão.
Já em Naviraí, o vereador Antônio Bianchi foi acusado de machismo ao criticar a prefeita Rhaiza Matos.
"Eu faço uma pergunta para população de Naviraí. Se um homem, com experiência, já não dá conta de uma cidade, imagina uma menina, o que ela vai fazer", declarou o vereador.
Rhaiza postou o vídeo na rede social, lamentando a postura do vereador. "A que ponto chega o machismo. Desmerecendo a capacidade de nós, mulheres. Basta", publicou, levantando a TAG "violência contra a mulher".