Os termos que libertam o ex-campeão do UFC incluem o pagamento da fiança de US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,6 milhões, além do monitoramento de sua localização por GPS e cumprimento de uma série de medidas, que incluem a proibição do porte de armas, tratamento psicológico, aconselhamento, condições de busca e apreensão e uma ordem de proteção para que Velásquez fique a, pelo menos, 300 metros de distância de Harry Goularte, Patricia Goularte e Paul Bender - supostas vítimas na tentativa de homicídio.
No julgamento, o juiz Arthur Bocanegra definiu a prisão do lutador como um incidente "extremamente grave", porém "isolado" e ainda ouviu de Velásquez que não irá descumprir as cláusulas do acordo.
"Este incidente é extremamente grave, mas parece ser um comportamento isolado do Sr. Velásquez. Senhor Velásquez, eu não o libertaria se não estivesse convencido de que, depois de oito meses de prisão, o senhor seria um perigo principalmente para Harry Goularte, Patricia Goularte ou Paul Bender. Se o senhor é um marido e pai tão dedicado, estou confiante - e tenho que acreditar - que o senhor não colocará em risco nada que o afaste de seu filho, sua filha, sua família. Espero que o senhor não prove que estou errado", disse o juiz Bocanegra, que ouviu de Velásquez: "Não vou, meritíssimo".
Preso desde o fim de fevereiro deste ano, Cain Velásquez foi detido após se envolver em um tiroteio na cidade de San Jose. Na ocasião, se envolveu em uma perseguição e atirou na direção de um carro que em que estavam Harry Goularte, acusado de molestar o filho de quatro anos do lutador, além da mãe de Goularte e seu padrasto, Paul Bender, que foi atingido duas vezes.
Ao todo, Cain Velásquez enfrenta 10 acusações, entre elas tentativa de homicídio, ataque com arma de fogo, ataque com arma letal, porte de arma de fogo carregada com intenção de cometer um crime, entre outras. Caso seja condenado, o lutador pode receber uma pena de 20 anos de reclusão ou até mesmo prisão perpétua.