O laço comprido é uma modalidade em que o competidor, montado em um cavalo, deve laçar um bovino que é solto dentro de uma arena. A prova que exige habilidade, agilidade e sintonia entre o animal e o laçador, surgiu da necessidade que os criadores tinham de conter gado, quando não haviam cercas.
"Eu comecei a laçar depois, quando eu peguei a maior idade, porque quando eu era pequena, o meu pai não deixava laçar. Porque naquela época, isso faz muito tempo, as mulheres não tinham privilégio para fazer as coisas que hoje a gente tem vontade de fazer. Naquela época era preconceito, uma mulher na pista, uma menina laçando, uma mulher em cima de um cavalo, então o meu pai não deixava por conta disso", afirmou Celeide.
Celeide cavalgando com os filhos. Foto: Arquivo pessoal
Aos 18 anos, Celeide realizou o sonho de laçar o primeiro gado e a partir de então, nunca mais abandonou a sela.
"Quando eu peguei a maior idade, eu fui fazer o que eu tinha vontade, que era laçar, ficar o tempo todo em cima de um cavalo, trabalhar em cima de um cavalo, eu já trabalhei muito tempo na fazenda, mexendo com gado, mexendo com cavalo. E para mim, isso daí veio do meu pai. Meu pai é meu espelho, meu pai que me ensinou tudo, a maioria das coisas que eu sei e aprendi com ele", completou.