O domingo que antecede a Páscoa, foi descrito na Bíblia, como o momento da chegada de Jesus à Jerusalém
No domingo (24), a Igreja Católica celebra o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, relembrando a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como "Aquele que vem em nome do Senhor".
Conforme a narrativa bíblica, poucos dias antes do Domingo de Ramos, o povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia e estava maravilhado, pois tinha a certeza de que esse era o Messias anunciado pelos profetas. Porém, esse mesmo povo tinha uma ideia equivocada sobre Jesus. Pensava que, fosse um Messias político, libertador social, que iria arrancar Israel das garras de Roma e devolver o apogeu dos tempos de Salomão.
Em um dos trechos da Bíblia (Zacarias 9,9), a chegada foi anunciada: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e trazendo a salvação, humilde, e montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”.
Segundo o ensinamento bíblico, o povo teria recebido Jesus com felicidade, colocando ramos de palmeiras e oliveira no caminho para ele passar, o que também foi descrito como hábito antigo, significando triunfo. Dessa forma, o Domingo de Ramos foi consagrado.
Tradicionalmente, antes de entrar na igreja, os fiéis participam de uma procissão. E após a entrada na igreja, é lida a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Jesus Cristo, sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; seu julgamento diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, sua condenação, e o povo a gritar: "crucifica-o, crucifica-o"; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, seu diálogo com o bom ladrão, sua morte e sepultamento.
Os ramos lembram o batismo
Os ramos significam a vitória: "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas".
Na Missa do Domingo de Ramos, os ramos santos lembram os fiéis que são batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que essa fé é desvalorizada.
Os ramos sagrados que os fiéis levam para casa após a missa, são uma representação de que os cristãos estão unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, uma luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar a peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela faz recordar que os cristãos são apenas peregrinos neste mundo passageiro, que se gasta rapidamente e mostra que a pátria deles não é neste mundo, mas sim, na eternidade.
Confira os horários das missas
Em Campo Grande, na Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, no Centro, as missas serão realizadas em quatro horários: 8h, 9h30, 18h e 19h30.
Na Paróquia Santa Luzia, localizada no bairro de mesmo nome, as missas do Domingo de Ramos estão previstas para as 7h, 8h30 e 18h30. A paróquia está localizada na Rua Santa Madalena, 296.
Já o Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizado na Avenida Afonso Pena, também no Centro da cidade, prevê a realização das missas de Ramos em cinco horários diferentes: 7, 10, 16, 18 e 20 horas.
Na paróquia Nossa Senhora de Fátima, localizada no Jardim Paulista, a missa na Igreja Matriz está marcada para as 19 horas, porém as comunidades também realizarão a solenidade em horários distintos.