De acordo com Gleisi, é importante entregar à população aquilo que foi contratado durante o perĂodo eleitoral, como o Bolsa FamĂlia de R$ 600, o reajuste do salĂĄrio mĂnimo e o reforço no programa FarmĂĄcia Popular. "Essas propostas foram apresentadas pelas duas candidaturas que disputaram a PresidĂȘncia da RepĂșblica. Então, podemos dizer, com muita tranquilidade, que 100% dos eleitores que votaram para presidente da RepĂșblica votaram nisso. Por isso é uma obrigação, uma responsabilidade que nós temos", afirmou.
"O acordo entre os partidos que compõem o nosso conselho é que a PEC do Bolsa FamĂlia, excepcionalizando o valor, é essencial para atender a essas reivindicações", disse Gleisi. "Tenho certeza [de] que o Congresso vai ter boa vontade [para aprovar a medida]", completou.
Segundo a deputada (PT-PR), as demais questões, como reajuste do salĂĄrio mĂnimo, serão discutidos dentro do valor orçamento, com o remanejamento das despesas.
O conselho polĂtico deve se reunir novamente na quinta-feira (17). Integram o grupo os partidos PT, PSB, Solidariedade, PV, PSOL, PCdoB, Rede, Agir, Pros, Avante, PDT, PSD, MDB e Cidadania. Na reunião desta sexta-feira, apenas o representante do MDB, senador Renan Calheiros (AL), não estava presente, pois jĂĄ tinha outro compromisso agendado.
A presidente do PT comentou as reações do mercado financeiro ao discurso de ontem (10) do presidente eleito. A B3, bolsa de valores São Paulo, registrou queda após Lula falar sobre responsabilidade fiscal. "Acho que foi um movimento especulativo. O mercado não tem que se preocupar, conhece quem é Lula, sabe como ele trabalha com as contas pĂșblicas", afirmou Gleisi. "A responsabilidade fiscal e social tem que ter por nossa parte a mesma visão de responsabilidade", disse.
Até o dia 10 de dezembro, a equipe de transição deve divulgar o relatório final com os diagnósticos realizados no perĂodo. Nele devem constar informações como a estrutura e organização do governo, principais problemas, contratos em andamento e medidas emergenciais que devem ser tomadas jĂĄ no inĂcio do próximo governo.
No total, 31 grupos temĂĄticos farão o diagnóstico. Os nomes que jĂĄ foram anunciados são: AssistĂȘncia social (André Quintão, MĂĄrcia Lopes, Simone Tebet, Tereza Campello); Comunicações (Alessandra Orofino, César Alvarez, Jorge Bittar, Paulo Bernardo); Direitos humanos (EmĂdio de Souza, Luiz Alberto Melchetti, JanaĂna Barbosa de Oliveira, Maria do RosĂĄrio, Maria Victoria Benevides, Silvio Almeida, Rubens Linhares Mendonça Lopes); Economia (André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa, Persio Arida); Igualdade racial (Douglas Belchior, Givânia Maria Silva, Ieda Leal, Martvs das Chagas, Nilma Lino Gomes, Preta Ferreira, Thiago Tobias); IndĂșstria, comércio e serviços (Germano Rigotto, Jackson Schneider, Marcelo Ramos, Rafael Lucchesi / Grupo especĂfico para micro e pequenas empresas: André Ceciliano, Paulo Feldman, Paulo Okamoto, Tatiana Conceição Valente); Mulheres (Anielle Franco, Aparecida Gonçalves, Eleonora Menicucci, Maria Helena Guarezi, Roberta EugĂȘnio, Roseli Faria); e Planejamento, orçamento e gestão (Antonio CorrĂȘa de Lacerda, Enio Verri, Esther Duek, Guido Mantega).