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Apaixonada por vinil, morada de MS coleciona mais de 40 mil exemplares que marcaram sua vida

Em homenagem ao Dia Mundial do Disco, celebrado neste sábado (20), o g1conheceu a relação de Doralice Raimunda e a música.

Por Midia NAS em 20/04/2024 às 17:44:39
Em homenagem ao Dia Mundial do Disco, celebrado neste sábado (20), o g1conheceu a relação de Doralice Raimunda e a música. Paixão pelo vinil nunca morre e vendas aumentam no Brasil

Apaixonada por música desde quando era garotinha, Doralice Raimunda, 66 anos, coleciona mais de 40 mil exemplares de discos de vinil que marcaram sua vida. Moradora de Campo Grande, a aposentada abriu seu acervo em comemoração ao Dia Mundial do Disco, celebrado neste sábado (20).

"Minha paixão pelo vinil começou muito cedo. Minha casa era uma casa muito musical, meu pai contratava aqueles conjuntos de baile, com guitarra, violão, uma sanfona?", contou Doralice.

Em Campo Grande, a aposentada guarda pelo menos 30 mil exemplares de diversas épocas e gêneros musicais, mas não para por ai. Em sua cidade de origem, Maringá (PR), Doralice reserva uma segunda coleção "seleta", com outros 18 mil dos seus discos favoritos.

A paixão pelo vinil começou quando ainda era criança, ao ganhar seu primeiro disco. Um exemplar de Carmen Miranda, de 1933. "Depois disso a minha paixão só foi crescendo", relembra Doralice.

Na coleção há diversos clássicos da MPB, Beatles, prateleiras só do rei do rock Elvis Presley, discos raros que tiveram edições limitadas, além de uma coleção de mais de 600 exemplares só de artistas regionais de Mato Grosso do Sul.

Acervo de Doralice tem 30 mil discos em Campo Grande.

Nathália Rabelo

Sempre que pode, Doralice compartilha sua paixão com outros fãs do vinil, participando de feiras onde vende alguns dos seus clássicos.

"O vinil é uma paixão que você começa comprando um, ai você quer o segundo e o terceiro", relata a aposentada.

Segundo um relatório da organização Pró-Música, o lucro com a venda de vinis saltou em 136% no último ano, chegando ao faturamento bruto de R$ 11 milh?es em 2023, no Brasil. Para o redator publicitário João Paulo Bernal, 32 anos, essa nostalgia do disco é algo facilmente justificável pelas qualidades físicas do vinil.

"Você tem a capa, o encarte, o som é mais limpo. E fã também quer ter o material do artista né, pra colecionar", diz.

André e João formam o duo de DJs Pizza Noise, que há oito anos faz discotecagem com vinil em Campo Grande.

Nathália Rabelo

Membro do duo de DJs Pizza Noise, André Samambaia, 38 anos, tem uma coleção de 934 discos catalogados, e explica que para ele, "discotecar" é também uma forma de tirar os vinis da caixa e compartilhá-los com o público.

"É uma forma de quebrar um pouco a questão do colecionismo de você ficar ali guardando ali aquele disco sem compartilhar aquilo. Às vezes dá um certo receio de levar discos mais raros, mais caros pra tocar, mas acho que vale a pena sim", afirma o arquiteto e DJ.

De uma coisa é certa, seja na infância ou na vida adulta, o vinil tem conquistado o corações de todas as gerações.

"O vinil é mais que um álbum, é uma paixão", finalizou a colecionadora Doralice.

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