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Mato Grosso do Sul é o quinto estado com maior ocorrência de raios no país

Mato grosso do Sul apenas ficou atrás do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, segundo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Um levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados brasileiros com maior densidade de raios registrados entre 2018 a 2022.

Por Midia NAS em 12/05/2024 às 19:21:45
Foto: Midiamax - UOL

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Mato grosso do Sul apenas ficou atrás do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, segundo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Um levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados brasileiros com maior densidade de raios registrados entre 2018 a 2022. O estado só fica atrás do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais.

Segundo dados apresentados, a média anual de descargas atmosféricas no país ficou em 590 milhões. É o país com maior incidência de raios do mundo e Mato Grosso do Sul é um dos estados com maior número absoluto de ocorrências de raios.

Em abril deste ano, Mato Grosso do Sul foi palco de dois episódios fatais. Uma mulher de 41 anos foi alvo de uma descarga elétrica enquanto pescava às margens do Rio Paraguai, em Ladário. Já em Água Clara, um homem de 33 anos foi eletrocutado enquanto mexia no celular conectado à tomada durante o mau tempo.

Dados do Elat indicam que, todos os anos, os raios provocam cerca de 110 mortes no Brasil e ferimentos em mais de 200 pessoas. O perfil das vítimas das fatalidades no período entre 2018 e 2022. Homens representam 82% e mais da metade eram crianças ou jovens: 24% na faixa etária de 20 a 29 anos e 20% entre 10 e 19 anos.

Na análise das circunstâncias, constatou-se que 26% dos episódios ocorreram durante atividades em área rural e 21% dentro de casa, em situações que envolveram, por exemplo, uso de telefone e de aparelhos conectados à tomada ou proximidade de portas e janelas. Em 9%, a vítima encontrava-se em locais como rios, lagos e mares ou perto de corpos d’água. O recorte por estações mostrou que 43% dos casos ocorreram no verão, 33% na primavera, 16% no outono e 8% no inverno.

Mudanças climáticas

Os raios ocorrem em maior volume em regiões tropicais. Além disso, a umidade do ar elevada, como ocorre na Amazônia, favorece ainda mais a formação da atividade elétrica.

O fenômeno está relacionado à formação de nuvens do tipo cumulonimbus, caracterizadas por um grande desenvolvimento vertical e pela base frequentemente escura e espessa, que são comuns em tempestades com grandes volumes de chuva acompanhados de ventos fortes. A descarga da eletricidade presente nessas nuvens é causada pela atração entre cargas de sinais opostos: positivas e negativas. Assim o raio pode ocorrer apenas entre nuvens ou entre nuvens e solo.

É comum sobreviventes desses episódios relatarem que, momentos antes de serem atingidos, experimentaram sensações como cabelos arrepiados e formigamentos na pele. Isso corre devido ao intenso campo elétrico gerado na região diante da iminência de uma descarga atmosférica.

Cuidados

Durante as tempestades, ninguém deve ficar exposto ao ar livre. Além disso, a orientação é manter-se afastado de equipamentos ou estruturas que podem atrair descargas atmosféricas.

A orientação, segundo o meteorologista Murilo Fretta, é que as pessoas se abriguem em locais seguros em caso de raios.

“Não sair na rua para filmar, jamais permanecer na praia ou na água, procurar algum local abrigado, não ficar jamais em campo aberto, evitar ficar próximo de placas postes e materiais condutores elétricos”, diz.

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