O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), convocará suplente para assumir a vaga deixada pelo vereador Claudinho Serra (PSDB), que após a prisão, pegou licença médica por 30 dias.
Carlão explica que aguarda resposta de um ofício enviado ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, solicitando informação de quem seria o suplente, já que alguns trocaram de partido.
"Não está fazendo falta na votação, mas vou chamar. Se chegar a resposta do TRE amanhã, vou chamar. Se eles informarem, convoco meia hora depois. Estou aguardando o documento e se chegar, não vou esperar mais nem um dia. Quem tiver com diploma na mão e for o primeiro suplente, que venha para tomar posse", declarou à reportagem.
Seguindo o resultado da eleição, a vaga seria para Dr. Lívio, o melhor votado depois de Claudinho. Todavia, ele se filiou ao União Brasil. A dúvida é se isso aconteceu na janela partidária, o que poderia livrá-lo de perder o mandato, segundo entendimento de alguns juristas.
Lívio não foi o único a trocar de partido. Seguindo a mesma linha, Junior Longo (se mudou para o Republicanos), Delegado Wellington (agora no PP), Antônio Cruz (voltou para o MDB) e Enfermeira Cida (agora no Republicanos) também não teriam direito. Pela lógica da fidelidade partidária, a vaga ficaria com Gian Sandim, que permanece no PSDB.
Claudinho se afastou da Câmara por 30 dias. O atestado foi apresentado no dia 30 de abril, logo após ele deixar a prisão, depois de faltar sete sessões por causa do cárcere. Ele foi liberado com a condição do uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo denúncia do MPE, Claudinho Serra era o responsável por chefiar suposta quadrilha instalada em Sidrolândia. "Das provas angariadas, ficou constatado que Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho é o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados à fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos pagamentos/recebimentos de propina que envolvem os já denunciados Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves", diz parte da acusação.
Ainda segundo o MPE, foram reveladas várias provas concretas da existência outros esquemas chefiados por Cláudio Serra que estão em pleno funcionamento, denotando-se a firme e ininterrupta atuação criminosa que há anos atua no Municipio de Sidrolândia, fraudando licitações e contratos públicos, corrompendo servidores públicos e causando enorme prejuízo ao erário público.