BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai nomear uma "autoridade federal" para o Rio Grande do Sul, um cargo que teria a função de monitorar e coordenar as ações federais para o estado que vem sofrendo há mais de duas semanas com uma calamidade climática.
O indicado deverá ser indicado nesta quarta-feira (15), quando Lula pretende ir ao estado para visitar as áreas atingidas pelas inundações e anunciar um novo pacote de medidas.
Os cotados para assumirem o cargo são o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, e também o secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff.
Também circula no Palácio do Planalto o nome do ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Paulo Pimenta.
Tanto Edegar Pretto como Pimenta são políticos que já ocuparam cargos eletivos e são lembrados como possíveis pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul em 2026.
Por isso, alguns interlocutores no Palácio do Planalto defendem o nome de um técnico, para evitar ruídos com o governador Eduardo Leite (PSDB), no momento de articulação e ações para enfrentar a calamidade pública.
A confirmação da intenção do governo de nomear um coordenador para o Rio Grande do Sul foi dada primeiramente pela primeira-dama Janja, durante entrevista ao programa Rolê ICL, por redes sociais.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também confirmou depois as intenções durante entrevista à Globonews.
"O presidente anunciou que pretende colocar alguém para representar, pelo menos durante os primeiros meses, o governo federal", afirmou o ministro, que depois acrescentou que esse mandato da autoridade coincidiria com o período de decretação da calamidade.
"Toda a estrutura emergencial ou extraordinária que se cria ela obrigatoriamente você tem que indicar um prazo, se é provisório. Ao ser provisório, você indica o prazo. Isso não impede de vencido o prazo você renovar sucessivas vezes. [Será] Até o fim da calamidade, a princípio", completou.
O formato da autoridade federal está sendo trabalhado pela AGU (Advocacia-Geral da União). Há a expectativa de que o indicado atue como um secretário-extraordinário.