O Brasil está passando por um dos seus piores momentos em relação à dengue, com um surto que já registrou mais de 5 milhões de casos em 2024, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde. A situação é extremamente preocupante, especialmente no estado de São Paulo, que se encontra no topo da lista de casos graves, seguido por Minas Gerais e Paraná. Este ano, o país enfrenta um número sem precedentes de infecções e mortes pela doença, com um total de 2.827 óbitos até o momento, superando todos os registros anteriores desde o início da coleta de dados em 2000. Enquanto 24 estados e o Distrito Federal apresentam uma queda na incidência da doença, Maranhão e Mato Grosso ainda registram números estáveis, sem sinais de diminuição. O Ministério da Saúde atribui o aumento alarmante de casos à combinação de fatores como mudanças climáticas e a presença simultânea de mais de um sorotipo do vírus da dengue no território nacional. Atualmente, os quatro sorotipos do vírus estão circulando no país, uma condição rara que aumenta a complexidade do combate à doença.
Diante dessa situação crítica, o Ministério da Saúde anunciou uma série de medidas para tentar controlar a disseminação da dengue e outras arboviroses. Entre as ações prometidas, estão a realização de atualizações semanais sobre a evolução da doença e o monitoramento diário dos dados. Além disso, o governo prometeu realizar coletivas de imprensa regulares para informar a população sobre novas iniciativas de combate ao surto. Essas medidas visam não apenas conter a atual crise, mas também prevenir futuros surtos. Enquanto o governo se mobiliza para enfrentar esse desafio, a população também tem um papel necessário no combate. São recomendadas algumas medidas preventivas, como manter caixas d’água bem fechadas, permitir a entrada de agentes de saúde nas residências, evitar o acúmulo de água parada e manter os ambientes limpos.