O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira (6), noite de quarta em Brasília, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) que servia como base para o movimento islamista Hamas. “Caças do Exército […] realizaram um ataque preciso sobre uma base do Hamas localizada no interior de uma escola da UNRWA na região de Nuseirat”, declarou o Exército israelense, indicando “vários terroristas mortos”. O escritório de comunicação do Hamas afirmou que a ação causou a morte de 27 pessoas. “Os terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica […] que haviam participado do ataque mortal contra as comunidades do sul de Israel em 7 de outubro operavam neste recinto”, afirmou. O escritório de comunicação do Hamas acusou as forças israelenses de terem cometido “um massacre horrível”. “Um número considerável de mártires e feridos continuam chegando ao hospital de Al Aqsa”, situado na cidade próxima de Deir al Balah, afirmou. As autoridades deste hospital indicaram anteriormente que a “falha de um dos seus geradores elétricos” complicava o tratamento de pacientes vulneráveis e poderia provocar “uma catástrofe humanitária”.
Antes do último ataque em Nuseirat, o centro havia recebido desde terça-feira “pelo menos 70 mortos e mais de 300 feridos, em sua maioria mulheres e crianças, por bombardeios israelenses nas zonas centrais da Faixa de Gaza”, disse a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). “O cheiro de sangue na sala de emergências esta manhã era insuportável. Há pessoas deitadas por todos os lados, no chão, fora. Estão trazendo os corpos em sacos plásticos. A situação é insustentável”, publicou na rede social X a coordenadora da MSF em Gaza, Karin Huster.
*Com informações da AFP