SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o fim das gravações de "Beleza Fatal" (Max), Camila Queiroz, Klebber Toledo e as cachorrinhas Céu, Lua, Angel e a gata Belessa estão de mudança, de volta para o Rio de Janeiro. No ano passado, os dois vieram para São Paulo por causa do trabalho de Camila na novela, mas Klebber arranjou motivos para acompanhá-la. Os dois não se imaginam longe um do outro por sete meses, tempo das gravações -o que, para um casal apaixonado, parece ser uma eternidade.
Juntos desde 2016, quando contracenaram em "Êta Mundo Bom!" (Globo), e casados desde 2018, os dois passam, de fato, a impressão de que vivem em uma sintonia admirável. É agradável vê-los conversando, trocando ideias e demonstrações de afeto.
Klebber e Camila abriram sua casa (cheia de caixas da mudança) e contaram à Folha de S.Paulo que não se desgrudaram desde a primeira noite que passaram juntos, e sempre souberam que iriam se casar. Se definem como "iguais" em suas essências e querem ter filhos, sim (esta é a pergunta que mais ouvem, já estão acostumados). A quem interessar possa: Eles não pensam em abrir o casamento.
Pergunta - Vocês começaram a namorar em 2016 e se casaram em 2018. Não foi tudo muito rápido?
Klebber Toledo: Foi totalmente fora do normal, sim, eu acredito. (...) Porque desde o primeiro dia em que a gente dormiu na mesma cama, nunca mais nos separamos. Então, a gente é casado desde sempre, na verdade. Éramos duas pessoas do interior de São Paulo, no Rio de Janeiro. Então um sempre foi, desde o primeiro dia, família um do outro.
Pergunta - Bateu aquela sensação de que estavam com a pessoa certa desde o início?
Klebber Toledo: Eu não ia começar uma relação se eu não achasse que ela era a mulher da minha vida. (...) Acredito que desde o começo a gente sentiu que era algo legal, que sempre funcionou, fluiu. A gente não precisou que nada fosse imposto. A gente sempre compartilhou dos mesmos sonhos. A Camila também sempre falou em casar.
Camila Queiroz: O meu sonho era casar, ter filhos, ficar de 'familinha', sou canceriana. Então acho que eu sempre quis ter minha família, sempre deixei isso muito claro para Kleber. E acho que a gente sempre olhou para o futuro juntos, desejando a mesma coisa. Isso também é a base de um relacionamento duradouro.
Pergunta - Camila, você se casou com 24 anos. Foi cedo?
Camila Queiroz: Como desde criança eu brincava de boneca e sonhava com a minha família, com a minha casa, eu tinha certeza que ia casar cedo. (...) E eu digo isso por mim, porque eu sei que principalmente hoje, com as mulheres tomando cada vez mais poder de si mesmas e da sua vida, a gente vê várias escolhendo não casar ou não serem mães. Porque antes era algo que era... talvez, imposto, né? Ah, quando você vai casar? Quando você vai namorar? Quando você vai ter filho? E hoje eu vejo que a gente tá se libertando disso, graças a Deus.
Pergunta - Esta deve ser a pergunta que vocês mais devem ouvir. Então, mais uma vez: pensam em filhos? Te incomoda que tenham tanta curiosidade sobre isso?
Camila Queiroz: Olha, não me incomoda não, porque é o meu desejo ser mãe. Se a gente ainda não teve é porque ainda não rolou.
Klebber Toledo: Ao contrário da Camila, achei que eu fosse ficar para o titio. Como eu tive uma formação bem machista, e meus pais são separados, meu pai é um cara muito duro, eu via isso e tinha um pouco de medo das relações também. Não queria uma relação para acabar desse jeito, ou para ser assim, tipo a que eu via aí em casa. Então, eu acho que eu tinha um pouco de receio no início, demorei muito para namorar, fui namorar mais velho. Antes eu era mais bagunceiro mesmo. Aí depois eu falei, não, o legal é ter alguém. Porque é fácil demais você ficar solto, fazendo o que quer. Difícil é você realmente criar uma relação.
Pergunta - As suas famílias se dão bem?
Camila Queiroz: Sim, sempre se deram bem. São muito parecidas. São duas famílias do interior, então assim, é a essência mesmo, sabe? Batalhadora, trabalhadora, todo mundo com salário mínimo, desempregado, assalariado, todo mundo que sabe que união é o caminho.
Pergunta - Há sete meses vocês se mudaram para São Paulo para Camila gravar "Beleza Fatal". Por que os dois vieram?
Camila Queiroz: A princípio, a novela seria gravada no Rio de Janeiro, e aí passou a ser gravada em São Paulo. Eu falei: 'Olha, eu não vou conseguir passar quase sete meses, oito meses vivendo num hotel em São Paulo, longe da minha família, longe de você, longe das nossas cachorras, da nossa vida, da nossa casa. E também ficar vivendo de ponte aérea. (...) Então, veio eu, Kleber e as cachorras.
Klebber Toledo: Mas [a novela] veio também num momento que a gente já falava muito de passar um tempo em São Paulo, como um ponto de trabalho. Também estávamos gravando Casamento às Cegas, eu fiz um outro filme ("Biônicos").
Pergunta - Qual a importância do sexo na relação de vocês?
Camila Queiroz: A gente chegou a uma conclusão de que o mais importante é a conexão, o quanto a gente se admira. Porque eu acho que vai além do sexo. Sexo é importante, sim. Mas não é tudo. Assim como amor também não é tudo. Eu não acho que amor e sexo resumam uma relação. É um combo que inclui companheirismo, o dia a dia, a parceria.
Klebber Toledo: Imagina só se dentro do seu relacionamento o ponto alto fosse o sexo. E o resto? Então você vai ter que viver transando para ser feliz, entendeu?
Pergunta - O que vocês mais admiram um no outro?
Klebber Toledo: A covinha (no rosto), o cheiro, o cabelo, o corpinho macio, tipo, tudo, né? Trabalhadora, honesta, dedicada, talentosa. Com covinha... Covinha é um problema, sério.
Camila Queiroz: O quanto ele é uma pessoa que se preocupa com o outro. E não é só comigo, porque comigo eu sou a princesa dele, isso todo mundo sabe, isso todo mundo vê, assim, a forma que ele me trata, que ele cuida de mim, mas não é só isso. Ele trata a minha mãe da mesma forma que ele me trata. Ele tá sempre muito disponível para o outro. Inclusive, foi o que me chamou atenção nele, a forma que ele tratava as pessoas do nosso trabalho...
Pergunta - Com o passar dos anos, vocês considerariam ter um relacionamento aberto?
Camila Queiroz: A gente já debateu esse assunto em casa e não é para a gente. Não é uma coisa que hoje a gente julga saudável para a nossa relação. Acho que é uma questão de necessidade. Eu não saberia lidar com relacionamento aberto. Eu sou monogâmica mesmo. A gente acha legal quem consegue, quem tem essa realidade aberta. Eu admiro quem consegue. Mas eu não consigo lidar com isso.
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