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Moraes pede informações à PF e ao governo de SP sobre segurança de Ronnie Lessa

ANA POMPEUBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu informações à Polícia Federal, à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao governo de São Paulo sobre os relatos de que o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), estaria em risco na penitenciária de Tremembé (SP).


ANA POMPEU
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu informações à Polícia Federal, à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao governo de São Paulo sobre os relatos de que o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), estaria em risco na penitenciária de Tremembé (SP).

O Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) pediu ao relator do caso Marielle no STF uma avaliação para a transferência de Lessa. Segundo a entidade, tanto o ex-PM quanto servidores estariam em risco na penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, chamada de P1.

Lessa deixou a penitenciária federal de Campo Grande na manhã de quinta-feira (20), com destino a Tremembé. A transferência foi autorizada por Moraes em 7 de junho.

O envio de Lessa para Tremembé contraria posicionamento anterior da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.
Em ofício enviado a Moraes no dia 12 de abril, o secretário Marcello Streifinger afirmou que a unidade não tem capacidade de receber Lessa "em razão de seu perfil, antecedentes e ligações, bem como não há estrutura no sentido de manter o monitoramento indicado".

O ofício indicava uma unidade prisional em Presidente Venceslau (SP) como local mais apropriado para receber o ex-PM. O acordo de Lessa com a PF e homologado por Moraes, porém, mencionava expressamente a transferência para Tremembé.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, Fábio Jabá, a P1 é dominada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e Lessa correria risco de vida na unidade mesmo que fosse colocado no chamado "seguro", ala onde ficam os jurados de morte e integrantes de facções rivais, por exemplo.

A associação com milícias do Rio de Janeiro e a grande repercussão do crime, segundo Jabá, transformam Lessa em alvo e têm potencial para criar instabilidade na segurança da prisão.

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