Uma agência bancária localizada na Avenida Bandeirantes, em Campo Grande, foi interditada nesta sexta-feira (18) por fiscais do Procon Estadual. De acordo com as informações da assessoria de imprensa, o local não tinha um alvará para o seu funcionamento e, além disso, também não possuiam qualquer autorização do Banco Central do Brasil para realizar o serviço de empréstimo.
O caso veio à tona após uma mulher de 51 anos promover um protesto dentro da agência durante a manhã. Ela montou, literalmente, um acampamento dentro da instituição bancária para cobrar explicações sobre o desconto no pagamento do seu benefício assistencial, o LOAS, operado pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Segundo a versão da vítima, há três meses ela fez um empréstimo de R$ 15 mil na agência, sendo que este deveria ser pago por meio de parcelas fixas na ordem de R$ 416,00 em débito automático da conta bancária vinculada ao LOAS. A mulher explicou que recebe o auxilio do Governo Federal de um salário minimo por causa do seu filho, que é autista.
Entretanto, o banco onde fez o empréstimo estaria descontando todo o valor do benefício, desta forma, a mulher vinha tendo dificuldades para sobreviver, como comprar alimentos, remédios e até mesmo pagar as contas, já que todo o dinheiro ia diretamente para cobrir o empréstimo, mesmo não tendo sido isso o acerto firmado.
Como não conseguiu resolver a situação junto a gerência da agência bancária, a mulher apelou para o protesto. Durante a manhã, quando o banco abriu as portas para o atendimento, ela montou uma barraca lá dentro e disse que só deixaria o local com a sua situação resolvida.
Diante do caso, equipes do Procon-MS e da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) estiveram no local. Durante a vistoria, descobriram a falta do alvará e da autorização do Banco Central do Brasil para oferecer empréstimos. Mediante o flagra, a empresa ficará interditada até que se regularize.
Já com relação a mulher, o Procon informou que o próprio banco conseguiu resolver o caso sem a necessidade da interferência do órgão de proteção ao consumidor.