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Diabetes pode evoluir para transplante de pâncreas e rim


Ministério da Saúde

Considerada fator de risco para uma série de doenças, que atingem desde a visão ao sistema cardiovascular, a diabetes mellitus — incapacidade ou deficiência de produzir o hormônio que metaboliza a glicose (açúcar) no sangue — também pode afetar o funcionamento do pâncreas e dos rins. Porém, mais do que prejudicar os órgãos, os quadros mais severos podem evoluir para a necessidade de transplantes.

Na semana do Dia Mundial da Diabetes, é importante sensibilizar para a importância do diagnóstico e tratamento precoces para evitar as formas que podem prescindir do transplante, como a Doença Renal Crônica (DRC).

Hábitos saudáveis

Com aproximadamente dez milhões de pessoas com doenças renais, o Brasil é o terceiro país com mais transplantes de rim. De acordo com o Ministério da Saúde, embora uma parte dos casos estejam associados a fatores hereditários, bons hábitos de vida, como a prática de atividades físicas, o não consumo de álcool, tabaco e a manutenção de uma alimentação saudável poderiam reduzir a incidência da DRC.

A condição prejudica a função dos rins de filtrar o sangue e auxiliar na eliminação de toxinas do organismo. Ela pode ser causada pela diabetes descontrolada e é tratada com a diálise (peritoneal ou hemodiálise), que é a filtragem artificial das impurezas do organismo. Mesmo assim, em casos irreversíveis, o transplante de rim é necessário, assim como o transplante simultâneo de pâncreas e rim também pode ser indicado na doença renal terminal.

Sobre o procedimento conjunto, Ana Patrícia de Paula, diretora substituta da Diretoria de Atenção Especializada e Temática (DAET) — da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES/MS), explica: “O transplante conjugado de pâncreas e rim trata-se de uma cirurgia de alta complexidade. Após transplantados, o novo pâncreas e o novo rim irão ajudar a recuperar o controle dos níveis de glicemia quando a reposição de insulina não é mais suficiente”.

Nos casos em que há a recomendação do procedimento, o paciente será avaliado por uma equipe especializada e deverá ter o procedimento autorizado pelo Ministério da Saúde, que autorizará a inscrição na lista de espera para o transplante.

Caso seja selecionado como receptor, a equipe médica entrará em contato com o paciente para confirmar a compatibilidade e a cirurgia. Após o procedimento, haverá uma melhoria na qualidade de vida do transplantado, mas será necessário o uso de medicamentos imunossupressores de maneira contínua, como forma evitar a rejeição do órgão recebido.

Atualmente, existem 15 Centros transplantadores e 16 equipes especializadas para a modalidade de transplante pâncreas isolado. Em relação às doenças crônicas renais, são 729 estabelecimentos de saúde habilitados na alta complexidade para cuidados no SUS, com oferta de hemodiálise, diálise peritoneal e cuidado do pré-dialítico. Em 2021, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, investiu R$ 3,2 bilhões em tratamentos relacionados a essas doenças.

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