PMNAS

Bruno Caboclo dá show, resultados ajudam, e basquete do Brasil vai às quartas em Paris 2024

Os desafios da seleção brasileira de basquete para passar de fase nos Jogos Olímpicos Paris 2024 não eram nada fáceis na manhã desta sexta-feira (2).

Por Midia NAS em 02/08/2024 às 12:59:49
Foto: Comitê Olímpico Brasileiro

Foto: Comitê Olímpico Brasileiro

Os desafios da seleção brasileira de basquete para passar de fase nos Jogos Olímpicos Paris 2024 não eram nada fáceis na manhã desta sexta-feira (2). Sem vitórias após as duas primeiras partidas pelo Grupo B do torneio, o Brasil precisava derrotar o Japão por um placar elevado e ainda torcer por outros resultados favoráveis para pegar uma vaga nas quartas de final. O time se saiu bem na primeira parte que lhe coube e a Grécia ajudou, garantindo a classificação às quartas de final.

Com uma apresentação poderosa do pivô Bruno Caboclo, cestinha da partida com 33 pontos, o Brasil derrotou o Japão por 102 a 84 no Estádio Pierre Mauroy, em Lille. Agora, a delegação retorna a Paris, onde será disputada a fase final do torneio.

Na difícil partida contra o Japão, que mostrou grande eficiência em sua principal arma, os arremessos de três pontos, o Brasil adotou o antídoto inverso, os 2,08m do pivô Bruno Caboclo. Dentro do garrafão, Caboclo foi soberano. Além dos 33 pontos, o atleta pegou 17 rebotes.

"Hoje nós jogamos muito bem. O Japão tem uma equipe bem talentosa e chutou muito dos três. Mas jogamos de forma inteligente, sem diminuir o ritmo porque a gente precisava tirar bastante saldo de pontos. Fizemos um bom trabalho", disse o pivô do Partizan, um dos mais tradicionais clubes da Sérvia.

Esta é a 14ª vez que o Brasil disputa o torneio olímpico no basquete masculino. Bruno Caboclo está em sua primeira participação, mas já aprendeu o que é representar o basquete brasileiro no maior evento do mundo. "Quando você é um atleta você está sempre longe da sua família. E quando estamos na seleção parece que estamos em família. Me dá até um sentimento difícil de explicar. Jogar uma Olimpíada é o sonho de todo atleta, esse é o maior palco do esporte. Sei que essa pode ser uma oportunidade única", afirmou o paulista.

Em um grupo difícil com os donos da casa e os atuais campeões mundiais, o Brasil sofreu duas derrotas nas duas primeiras partidas. Na estreia a equipe brasileira foi superada pelos franceses, que venceram com um placar de 78 a 66. Na segunda rodada, após começar muito bem a partida, outra derrota, agora para a Alemanha, por 86 a 73.

Além de vencer o Japão nesta sexta, o Brasil também buscou apresentar o nível de jogo que o levou à conquista do pré-olímpico realizado na Letônia, no início do mês, quando poucos acreditavam na classificação. O primeiro passo parece ter sido dado.

"Fizemos um bom trabalho. O Japão é um time muito agressivo no ataque e a gente sabia que precisava marcar forte para abrir uma boa vantagem de pontos. Conseguimos fazer isso até os últimos segundos, sabendo que cada ponto seria importante pra depender o menos possível dos outros times. Agora é esperar e ver os resultados dos outros jogos", disse o ala Leo Meindl, que joga no Japão.

O Brasil começou a partida desta sexta-feira com Marcelinho Huertas, Georginho de Paula, Gui Santos, Leo Meindl e Bruno Caboclo em ritmo intenso. O Japão até abriu em 7 a 3, mas Bruno Caboclo com mão afiada fez 15 pontos e 5 rebotes e ajudou o Brasil a fechar o primeiro quarto em 31 a 20.

No segundo quarto entraram Benitez, Yago, Raulzinho, Lucas Dias e se manteve Gui Santos. Mas Benitez também tem essa arma e marcou 13 pontos. Final do primeiro tempo, Brasil 55 a 44, quando a seleção acertou 11 de 13 bolas de três.

No terceiro quarto, o Japão começou a acertar sua principal jogada, as bolas de três. O armador Yuki Kawamura conduziu o time à reação acertado quatro bolas de três e o Japão diminuiu a distância no placar para 77 a 73.

Quando a vitória parecia escapar, o Brasil acelerou o ritmo e passou a adotar um jogo mais físico. Deu certo, a equipe assumiu o controle novamente e, quando o Japão desanimou, seguiu fazendo de tudo para pontuar ao máximo.

"A gente queria classificar direto pra próxima fase. Mas são Jogos Olímpicos, com muitos países bons e a gente segue sonhando. Hoje fizemos a nossa parte. Demos o nosso máximo e conseguimos abrir uma vantagem boa", disse o armador Raulzinho.

A seleção masculina não se classificava para os Jogos Olímpicos desde Londres 2012, já que na Rio 2016 ficou com a vaga do país sedes.

O basquete brasileiro estreou nos Jogos Olímpicos na edição de Berlim 1936, a seleção masculina conquistou um bronze em Londres 1948. Depois vieram mais dois bronzes em sequência, Roma 1960 e Tóquio 1964. Já a seleção feminina conquistou a prata em Atlanta 1996 e o bronze em Sydney 2000.

Tags:   Esporte
Comunicar erro
Camara Municipal de NAS

Comentários

Publicidade 728x90 2 Camara Vol 2