O endividamento das nações desenvolvidas tem um impacto negativo significativo sobre o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, dificultando investimentos e a luta contra as desigualdades sociais. Essa análise foi apresentada pela presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, durante sua fala na 9ª conferência anual da instituição, realizada na Cidade do Cabo, na África do Sul, na última sexta-feira (30).
Em seu discurso, Dilma ressaltou que uma parte considerável dos recursos financeiros disponíveis é direcionada para que economias avançadas possam emitir títulos da dívida pública. Essa prática, segundo ela, impede a redução da pobreza e a promoção da igualdade nos países do Sul Global. A ex-presidente destacou que as dez economias mais desenvolvidas acumulam uma dívida total de aproximadamente US$ 87 trilhões, o que consome uma fração significativa da liquidez nos mercados internacionais.
Para enfrentar essa situação, Dilma Rousseff propôs duas estratégias que poderiam aumentar os recursos disponíveis para as economias em desenvolvimento. A primeira sugestão é direcionar a liquidez internacional para esses países, enquanto a segunda envolve a criação de alternativas de financiamento em moedas locais. Ela enfatizou a urgência de desenvolver novas soluções financeiras que atendam às necessidades dos mercados emergentes.
Além disso, Dilma mencionou que o NDB está em processo de criação de plataformas voltadas para o desenvolvimento sustentável, utilizando moedas locais. A presidenta destacou que a instituição tem como prioridade o financiamento de projetos verdes para seus países membros. Desde sua fundação em 2014, o NDB tem se dedicado a financiar obras de infraestrutura e iniciativas de sustentabilidade em nações emergentes, competindo com outros bancos multilaterais, como o Banco Mundial.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Tamyres Sbrile