Após corte de candidatos, Portela prioriza filha e cria nova crise no PL

O presidente estadual do Partido Liberal (PL), Tenente Portela, está criando nova confusão no partido, desta vez por conta da distribuição do recurso para campanha.

Candidatos a vereador do partido na Capital reclamam do favorecimento de Portela para a campanha da filha dele, Ana Portela, na distribuição do recurso.

Ana Portela já recebeu R$ 300 mil do partido para despesa com campanha, enquanto alguns candidatos não receberam nada. É o caso do ex-deputado estadual Rafael Tavares, que não recebeu nada até o momento.

Outro que está zerado é o ex-vereador André Salineiro, que após perder a eleição como vice, depois de ser o vereador mais votado na Capital, tenta voltar ao Legislativo Municipal.

Esta não é a primeira confusão de Portela no Partido Liberal. Recentemente, ele provocou a ira de filiados ao ser o porta-voz dos anúncios de que o partido não teria candidatos em vários municípios.

O então presidente do partido no EStado, Marcos Pollon, chegou a organizar 40 candidaturas, mas muitas delas foram derrubadas após acordo de Jair Bolsonaro com a cúpula do PSDB no Estado.

Ana Portela conta com a proximidade do pai com Bolsonaro para tentar se eleger vereadora. Ela é uma das poucas candidatas que tem vídeo com Bolsonaro e Michele Bolsonaro apadrinhando a candidatura.

Portela chegou a tentar emplacar a filha como vice de Beto Pereira (PSDB), mas a ideia não foi bem recebida pelo grupo tucano, que preferiu Coronel Neide (PL).

Foi pelas mãos de Bolsonaro que Portela se aventurou na política, ao ser colocado como suplente da senadora Tereza Cristina (PP), a pedido do então presidente.

A reportagem questionou Portela sobre a previsão de outros candidatos receberem recurso do partido, mas não recebeu retorno até o momento.