Somente em julho, a seca extrema afetou 42 territórios e 3 mil domicílios indígenas, além de 15 povos originários na região da Amazônia no Brasil. Os dados são de Boletim Trimestral, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.
O documento deve ganhar uma repercussão detalhada dos seus dados na Semana do Clima, em Nova York, que acontece até domingo, dia 29.
De acordo com o relatório, a aridez severa prejudicou ainda o funcionamento de 110 escolas e 40 unidades de saúde nesses territórios.
O mapa de acompanhamento do Monitor de Secas da Ana, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, registra, desde janeiro, uma mancha que indica seca excepcional nos estados de Mato Grosso e Rondônia. De maio para agosto, essas áreas escuras, indicando seca grave, começaram a se multiplicar.
Segundo o Monitor de Secas, em todos os estados da Amazônia Legal, com exceção do Acre, há impactos de longo e curto prazo. Cenário que agrava a situação dos rios na região. Além do Rio Madeira, que registrou neste mês o menor nível observado desde o início da série histórica em 60 anos, o Rio Iaco, no município de Sena Madureira, no Acre, também atingiu, nesta terça-feira (24), o menor de toda a sua história, com 30 centímetros. Outros rios e seus afluentes estão em lista com alerta máximo.
A situação também afeta a qualidade do ar em muitos locais. Nesta terça-feira, a Agência Nacional de Águas informou que os municípios de Rio Branco e Porto Acre, no Acre, registraram péssima qualidade do ar.
*Com informações da Agência Brasil
Meio Ambiente Rio de Janeiro 24/09/2024 - 21:11 Roberta Lopes / Liliane Farias Fabiana Sampaio - repórter da Rádio Nacional* Seca Amazônia terça-feira, 24 Setembro, 2024 - 21:11 1:47