Israel bombardeia mesquita de hospital no sul do Líbano ligada ao Hezbollah

Israel bombardeou durante a noite a mesquita adjacente ao hospital Salah Ghandour, em Bint Jbeil, a cerca de cinco quilômetros da fronteira, alegando que escondia um centro de comando do grupo xiita Hezbollah.

Israel bombardeia mesquita de hospital no sul do Líbano ligada ao Hezbollah

Israel bombardeou durante a noite a mesquita adjacente ao hospital Salah Ghandour, em Bint Jbeil, a cerca de cinco quilômetros da fronteira, alegando que escondia um centro de comando do grupo xiita Hezbollah. "O centro de comando foi usado por terroristas do Hezbollah para planejar e executar ataques contra as tropas do Exército e o Estado de Israel", alegaram as forças armadas israelenses em comunicado neste sábado (5). Até o momento não foram revelados números sobre as possíveis vítimas do ataque. As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que notificaram os moradores e mantiveram contato com figuras importantes em vários locais para identificar que o Hezbollah estava usando hospitais para trabalhar.

Ontem, ao menos cinco hospitais foram evacuados no sul do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahye, após terem sido atingidos por incessantes bombardeios israelenses que, por sua vez, mataram 102 profissionais de saúde em território libanês. A Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN) disse que quatro hospitais no sul estavam completamente fora de serviço e foram evacuados: o hospital governamental em Meiss al Jabal e dois outros em Bint Jbeil – entre os quais se presume que se encontra o centro atacado hoje -, todos localizados em cidades próximas à fronteira com Israel e que foram atingidas pelos ataques.

O quarto hospital que teve de fechar as portas no sul foi o de Marjayoun, uma zona mais a norte da divisão, mas que foi severamente castigada nos últimos dias. O quinto hospital evacuado foi o Centro Médico de Santa Teresa, localizado em uma zona dos subúrbios ao sul de Beirute que ontem voltou a ser fortemente bombardeada. Apesar de tudo isto, Israel garante que faz grandes esforços para não danificar as infraestruturas civis e acusa o Hezbollah de fazer uso "cínico" delas. O Hezbollah, que funciona como uma milícia, mas é também um partido político libanês, está envolvido na gestão de numerosos hospitais em todo o país.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte