PMNAS

Vídeo mostra homem atacando policiais com marreta, sendo baleado e morto

"Afasta Maciel! Afasta! Afasta, afasta…".

Por Midia NAS em 17/10/2024 às 10:11:50

"Afasta Maciel! Afasta! Afasta, afasta…". Essa foi a ordem de comando dada pelo policial militar ao atender uma ocorrência onde um homem vem para cima dos agentes empunhando uma marreta. O caso foi registrado no último domingo (13), no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo. A pessoa atingida com dois tiros após desrespeitar a ordem dada pela autoridade policial chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Diante do caso, diversos questionamentos vem à tona: por que os tiros não foram disparados nas pernas, região menos letal do corpo, em vez de ter sido no peito? Por que o policial não tentou contê-lo com a tonfa (espécie de cassetete) para evitar disparar com a arma? Por que não foi usada arma de choque?

É fato que, depois de tudo ter acontecido, as perguntas sempre aparecem, mas a resposta não pode ser dada na mesma velocidade que a ação aconteceu. Afinal, os policiais que atuam nas ruas têm frações de segundos para poder gerar intervenções em busca da ordem e zelo pela própria vida. No episódio do vídeo, outro tipo de reação poderia, sim, ter sido tomada. Mas nem sempre a estrutura que o policial detém é a suficiente para reagir sem gerar letalidade. Não é possível dimensionar quantos PMs de fato usam as armas de choque tipo Taser. Mas existe a informação publicada no Diário Oficial do Estado que, em outubro do ano passado, foram comprados 2,5 mil equipamentos. Mas são cerca de 80 mil PMs atuando no território paulista. Ou seja, são poucas as unidades que saem às ruas com a arma de choque, que, na ocorrência mostrada no vídeo, poderia ter evitado a morte de uma pessoa. Os disparos com a arma de fogo também poderiam ter sido direcionados para regiões menos letais. Já uso da tonfa seria impraticável nesse caso, visto que o agente correria risco de levar uma marretada pelo agressor.

Apesar de a Polícia Militar paulista ser uma das mais preparadas do país, ainda há muito no que se avançar em termos de equipamentos que evitariam a letalidade em ações da PM. Em resposta ao caso, a Secretaria de Segurança Pública respondeu que o episódio foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência no DHPP e é investigado pela PM por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). "Na ocasião, um homem em surto psicótico resistiu a abordagem policial e partiu para cima de um dos agentes na posse de uma marreta. Houve intervenção, e o homem foi atingido. Ele foi socorrido ao hospital, mas não resistiu. A marreta foi apreendida, e a perícia, acionada. As investigações prosseguem, incluindo a análise de imagens, para esclarecer os fatos." Mas o questionamento sobre a quantidade de Taser não foi respondido à coluna.

Veja o vídeo em que homem parte para cima de policiais

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