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Saúde

Estudo da Fiocruz aponta que uma em cada dez mortes no Brasil está ligada a consumo de ultraprocessados

Um estudo realizado pela Fiocruz revela que, no Brasil, um em cada dez óbitos pode ser relacionado ao consumo de produtos ultraprocessados, resultando em um impacto econômico significativo de R$ 10,4 bilhões anualmente.


Um estudo realizado pela Fiocruz revela que, no Brasil, um em cada dez óbitos pode ser relacionado ao consumo de produtos ultraprocessados, resultando em um impacto econômico significativo de R$ 10,4 bilhões anualmente. Os dados indicam que a ingestão de itens como refrigerantes e bolachas recheadas é responsável por cerca de 57 mil mortes por ano, o que representa 10,5% do total de falecimentos registrados em 2019. O autor da pesquisa, Eduardo Nilson, considera que os números apresentados são conservadores e sugere que o impacto poderia ser ainda maior se mais informações sobre outras condições de saúde fossem incluídas. O estudo foi encomendado pela ACT Promoção da Saúde, com o objetivo de evidenciar os danos à saúde pública e os custos associados ao consumo desses produtos.

Os dados utilizados para a análise foram extraídos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A pesquisa estima que o SUS gasta anualmente R$ 933,5 milhões com doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão, além de R$ 263,2 milhões em custos relacionados à previdência e absenteísmo. A perda econômica devido a mortes precoces é avaliada em R$ 9,2 bilhões. Em algumas áreas do país, a taxa de mortalidade associada ao consumo de ultraprocessados é superior à média nacional, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os custos relacionados à perda de vidas são estimados em R$ 6,6 bilhões para homens e R$ 2,6 bilhões para mulheres.

Marília Albiero, coordenadora da ACT, defende a implementação de uma tributação sobre produtos ultraprocessados como uma estratégia para diminuir o consumo e financiar iniciativas de saúde pública. Contudo, ela critica a reforma tributária atual, que abrange apenas os refrigerantes, considerando essa medida insuficiente para enfrentar o problema. Dados de 2017 e 2018 mostram que 19,7% das calorias consumidas pelos brasileiros provêm de alimentos ultraprocessados. Pesquisas recentes indicam um aumento no consumo desses produtos, especialmente entre a população infantil.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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