O presidente estadual do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela , foi citado em inquérito da Polícia Federal, que apura organização de um golpe de Estado no País após a eleição para presidência.
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No inquérito, a Polícia Federal apresentou vários diálogos de Portela com Mauro Cid, delator da investigação .
"Os elementos de prova indicam que PORTELA atuou como um intermediário entre o governo do presidente JAIR BOLSONARO e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul. No final do ano, PORTELA era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando o então presidente da República constantemente", diz relatório da Polícia Federal.
Nos diálogos, Tenente Portela cobra a "realização de um churrasco", que seria o codinome usado para se referir ao golpe de Estado.
"Cel., o pessoal esta em cima de mim aqui, infelizmente vou ter que devolver a parte desse pessoal, minha vida esta um inferno. Se eu tivesse como arcar parcelado, mas estou sem cargo nenhum aqui e sem previsão de conseguir algo. Tentei pegar um consig. mas estou sem margem alguma. A cobrança ta grande (SIC)", reclama.
Mauro Cid diz que tudo está de pé ainda e avisa que se preciso conversa com o pessoal para tirar "da conta dele" essa questão.
Portela é amigo pessoal de Jair Bolsonaro e, apesar de citado no inquérito, não está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal.