Agência de Notícias
Desde 2004, a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para o aumento crescente de jovens vítimas fatais do trânsito no mundo. E a situação ainda não mudou. Dados da entidade apontam que a cada 24 segundos uma pessoa morre nas estradas e esta já é a maior causa de morte de pessoas de 5 a 29 anos no mundo e 90% desses óbitos acontecem em países de renda baixa e média.
Especialistas avaliam que o custo é grande, tanto pelas vidas quanto pelo impacto no sistema de saúde. Fernando Diniz é pai de Fabrício Diniz morto em 2003 aos 20 anos. Conforme Diniz, Fabrício não dirigia e era carona no carro de um motorista que havia ingerido bebida alcoólica. Fernando é presidente da ONG Trânsito Amigo, entidade que teve papel decisivo na aprovação da Lei 11.705/08, conhecida popularmente como Lei Seca.
“E eu pergunto até quando nós vamos ver os jovens morrendo principalmente na idade mais produtiva que é dos 18 até os 39 anos? As pessoas tem que ter consciência que dirigir de forma irresponsável tira a vida e pode tirar a sua própria vida. Agora ledo engano das pessoas que pensam que só o álcool que tira as vidas no trânsito. Já está provado que as drogas matam muito mais do que o álcool”, explica Diniz.
No Rio de Janeiro um levantamento do DETRAN mostra que o número de vítimas no trânsito do estado também é maior entre os mais jovens. Ou seja, de janeiro a setembro deste ano foram mais de 4 mil óbitos de pessoas entre 18 e 29 anos.
Nesse sentido, Renato Dias, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia, alerta para importância do exame toxicológico obrigatório desde março de 2016 para condutores das categorias C, D e E.
“Já há um clamor da sociedade pra que esses exames passem a ser exigidos das demais categorias principalmente para categoria A e B que exerce atividade remunerada. Importante também dizer que seria uma ferramenta importante ao tirar a primeira habilitação ser exigido também esse exame”, argumenta Dias.
O exame identifica a presença de substâncias psicoativas que se depositam os fios de cabelo ou pelos do corpo um período mínimo de noventa dias até seis meses.
As informações são da Agência Brasil