Ex-prefeito de Rio Negro encara 3ª audiência por suposta propaganda em site da prefeitura
MPMS denunciou ex-prefeito por improbidade administrativa
O ex-prefeito de Rio Negro, Gilson Antônio Romano, encara a terceira audiĂȘncia de instrução e julgamento em processo que apura suposta promoção por meio de notĂcias veiculadas no site institucional da prefeitura de Rio Negro.
Conforme os autos, o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva designou audiĂȘncia para o dia 4 de fevereiro, às 15h, no fórum de Rio Negro. Esta Ă© a terceira audiĂȘncia do caso, que corre desde 2017, após denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico do municĂpio.
Um inquĂ©rito civil foi instaurado na Promotoria de Justiça de Rio Negro em decorrĂȘncia de representação formulada por vereadores locais, dando conta de que o ex-prefeito estaria utilizando recursos pĂșblicos para promover indevidamente sua imagem, por meio do site eletrônico da prefeitura.
Em despacho em maio de 2024, magistrado pediu urgĂȘncia na intimação de testemunhas e agendamento da audiĂȘncia. A primeira audiĂȘncia aconteceu em 4 de novembro de 2021, onde o ex-prefeito foi ouvido, e a segunda no dia 3 de novembro de 2022, quando uma testemunha deu seu depoimento. Entretanto, o Gilson insistiu em mais testemunhas.
Inquérito Civil
A denĂșncia do MPMS diz que diversas matĂ©rias foram publicadas no site institucional, em 2015, em sua maioria visando à promoção pessoal do prefeito, extrapolando os limites do princĂpio da publicidade. Em 2016, Gilson concorreu à reeleição, mas acabou perdendo para Cleidimar Camargo.
Por conta da situação encontrada, a promotoria expediu recomendação para a retirada do material que configurasse promoção pessoal (com menção a nome, partido, etc.). Gilson alegou que as publicações não tinham pretensão eleitoral e que sofria perseguição polĂtica por estar em desacordo com grupo de vereadores.
Em setembro de 2016, a promotoria constatou que havia notĂcias com carĂĄter de promoção pessoal, ainda datada de 2015, mas que não foram retiradas. O ex-prefeito alegou que teve dificuldade em acessar o site e fazer a exclusão dos materiais.
"Na verdade, em momento algum o ex-Prefeito buscou sua promoção pessoal, pois em seu entendimento estava prestando contas à população de tudo o que fazia em prol da coletividade e inclusive hĂĄ de ressaltar que todas as matĂ©rias que serve de base para apresente medida judicial, foram veiculadas em 2015 e ainda não era perĂodo eleitoral", diz a defesa do requerente, representado por ele mesmo.