Estado de São Paulo permanece em alerta para chuvas de verão

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Estado de São Paulo permanece em alerta para chuvas de verão

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Todo o estado de São Paulo permanece em alerta para as chuvas de verão, que não dão trégua. Na quarta-feira à noite (29), por conta das fortes tempestades, a Defesa Civil disparou alerta extremo no Guarujá, no litoral paulista, numa região conhecida como Morro da Barreira do João. As 22 pessoas que foram abrigadas na Escola Municipal Sérgio Pereira foram orientadas a voltar, nesta quinta-feira (30) à tarde, para suas residências.

A Defesa Civil renovou até domingo o estado de alerta severo para chuvas intensas, principalmente para Baixada Santista, Região Metropolitana de São Paulo e capital paulista.

Não há registro de vítimas fatais nos últimos dois dias. Desde dezembro, alagamentos e enxurradas já provocaram 17 mortes em todo o estado de São Paulo.

O porta-voz da Defesa Civil do estado de São Paulo, tenente Maxwell Souza, confirmou que o gabinete de emergência, montado desde segunda-feira no CGE, Centro de Gerenciamento de Emergência, vai permanecer em atenção até domingo.

"Nós emitimos um alerta de grau extremo para o município do Guarujá. Esse alerta é de grau máximo e foi enviado para os celulares de todas as pessoas da cidade. Também acionamos a sirene de risco instalada na comunidade da Barreira do João Guarda. A prefeitura retira as pessoas das residências e as leva para um abrigo emergencial de forma preventiva, e isso aconteceu. Cerca de 22 pessoas decidiram ir para o abrigo. Lembrando que isso não é obrigatório, é apenas uma sugestão para as famílias. A gente sempre pede para que elas saiam. As 22 pessoas que passaram a noite no abrigo, hoje pela manhã, voltaram para suas casas.", explicou o tenente.

A formação de um corredor de umidade traz, segundo a Defesa Civil, uma frente fria, que vai permanecer estacionada em grande parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na capital paulista, são esperados 170 mm de chuva até o domingo.

Chuvas intensas, contínuas e volumosas têm afetado bastante a população que mora em regiões mais vulneráveis. O entregador Luiz Felipe Faustino, de 45 anos, ainda se recupera dos prejuízos causados pela chuva histórica que caiu há uma semana na cidade de São Paulo. A água inundou os quartos da casa dele, que fica numa região de várzea no bairro de Santana, na zona norte da capital. Ele, a esposa e os três filhos passaram a semana limpando roupas, livros e material de trabalho, que ficaram encharcados com as águas da enxurrada.

"Molharam as roupas, molharam muitos livros, os guarda-roupas nossos. Nessa chuva em específico, piorou a situação, porque começou a pingar mais forte aqui dentro. Quando chove muito, a água toma o seu curso, né? O seu curso natural. E aí a gente acaba sendo afetado aqui, porque, aqui, como é uma baixada, é onde escoa a água.", relata Faustino.

A recomendação da Defesa Civil de atenção redobrada em áreas mais vulneráveis permanece, pois, como o solo já se encontra encharcado, haverá risco para alagamentos e deslizamentos.

Lembrando que, em caso de emergência, a Defesa Civil pede para que a população acione o 199 para a Defesa Civil, o 193 para o Corpo de Bombeiros e o 192 para a Polícia Militar.

© REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

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