Cidades com áreas verdes podem oferecer mais qualidade de vida

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Cidades com áreas verdes podem oferecer mais qualidade de vida

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Cidades com áreas verdes, ainda que pequenas, em meio ao perímetro urbano podem oferecer ar mais puro e mais qualidade de vida para a população. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Veiga de Almeida e da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostrou que o ar no Parque Natural Municipal do Gericinó, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, chega a ser cerca de duas vezes mais puro do que na área urbana do município, embora o parque tenha apenas 800 metros quadrados.

Em outro estudo, os pesquisadores já tinham identificado que o ar da Floresta da Tijuca, uma grande reserva florestal da cidade do Rio, tinha níveis de poluição sete vezes menor do que em outras áreas do município.

Segundo Cleyton Martins, professor da Universidade Veiga de Almeida e um dos autores do estudo, independentemente do tamanho dessas áreas verdes nas cidades, elas desempenham um papel complementar a essas grandes reservas.

"O nosso estudo indica que a magnitude do efeito benéfico das áreas verdes está correlacionada com o tamanho dessas áreas. No entanto, também ressalta que mesmo áreas pequenas podem impactar positivamente a região local. Também é importante destacar que, em outros estudos nossos, conseguimos observar a contribuição das áreas verdes urbanas na redução das concentrações de gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelas atuais e urgentes mudanças climáticas", explica o professor.

O pesquisador destaca que os benefícios dessas áreas vão além da melhora da qualidade do ar, contribuindo também para a sustentabilidade para o enfrentamento dos efeitos do aquecimento global e para a saúde das pessoas:

"No cenário de aquecimento global, a expansão e preservação de áreas verdes urbanas são estratégias essenciais para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas e proporcionam a redução das temperaturas, promovem a conservação da biodiversidade e permitem um contato com a natureza, o que pode levar à redução do estresse e à melhora da saúde mental dos habitantes urbanos".

Cleyton Martins ainda reforçou a importância de a população ajudar a cuidar desses espaços:

"A conscientização da população sobre a importância desses espaços é fundamental para garantir a sua conservação. Iniciativas comunitárias, como a participação em programas de plantio e manutenção de áreas verdes, podem fortalecer o vínculo entre os cidadãos e o meio ambiente urbano".

O estudo mediu a quantidade de hidrocarbonetos em dois pontos do Parque do Gericinó: uma trilha a 260 m da entrada do parque e em uma praça localizada a cerca de 1 km da entrada do parque, em área urbanizada. Os hidrocarbonetos são precursores do ozônio, que é um dos maiores responsáveis pela poluição atmosférica.

© Tomaz Silva/Agência Brasil

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