Agrotóxicos à solta, enterrados e vencidos geram multa de R$ 324 mil.
O arrendatário de uma lavoura de soja de 2,7 mil hectares localizada em Sidrolândia, município considerado celeiro do grão em Mato Grosso do Sul, foi multado em R$ 324 mil por infringir várias regras relacionadas ao armazenamento e descarte de embalagens de agrotóxico.
O arrendatário de uma lavoura de soja de 2,7 mil hectares localizada em Sidrolândia, município considerado celeiro do grão em Mato Grosso do Sul, foi multado em R$ 324 mil por infringir várias regras relacionadas ao armazenamento e descarte de embalagens de agrotóxico.
Considerado de alto risco à saúde humana e animal, além de poder contaminar o solo e a água, o flagrante foi realizado durante uma operação da superintendência regional do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), em fazendas localizadas entre o município e Maracaju, no fim de janeiro.
Fiscais do órgão chegaram ao local após receberem denúncias sobre queima de embalagens de defensivos agrícolas, o que é proibido pela Lei dos Agrotóxicos (nº 14.785/2023) e contraria as orientações dos fabricantes dos produtos.
Ao inspecionar a propriedade, no dia 28 de janeiro, foram encontradas embalagens adaptadas para uso na fazenda. Algumas serviram até de ninho para galinhas botarem ovos.
Galões com 118 litros de produto vencidos há mais de um ano estavam armazenados em um galpão que ficava aberto e possuía apenas uma placa improvisada avisando da restrição para entrada de pessoas, o que constitui outra infração ambiental, conforme o Decreto nº 6.514/2008.
Embalagens vazias foram encontradas à solta, a céu aberto, facilitando a contaminação do solo. Também foi constatada a queima e o aterro de outras embalagens.
Segundo as instruções dos fabricantes, as embalagens vazias de agrotóxicos devem ser armazenadas em local coberto, ventilado e com piso impermeável, no mesmo local onde são guardadas as embalagens cheias.
O Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) é a entidade responsável por recolher as embalagens vazias e dar a destinação segura a elas. O programa gerido pelo instituto conta com mais de 400 centrais e postos de coleta de embalagens de defensivos, além de mais de 4 mil locais itinerantes em todo o Brasil.