Sessão inaugural da Câmara é marcada por vaias

A sessão inaugural da Câmara de Campo Grande foi marcada por protesto na manhã desta segunda-feira.

A sessão inaugural da Câmara de Campo Grande foi marcada por protesto na manhã desta segunda-feira. Secretários e manifestantes fizeram briga de torcida na sessão, marcada por vaias e aplausos para abafar descontentamentos.

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As vaias foram comandadas por mães atípicas, que mais uma vez protestaram contra a falta e qualidade dos matérias ofertados pela prefeitura.

A prefeita Adriane Lopes (PP) participou da sessão para levar a mensagem do Executivo ao Legislativo e iniciou o discurso afirmando que trabalhará respeitosamente, buscando a harmonia com o Poder Legislativo.

A prefeita foi vaiada ao dizer que nunca fez maquiagem nos problemas e citar o caso das mães atípicas, justificando que esteve em Brasília e que as mães não precisarão mais judicializar os pedidos de materiais.

O momento foi marcado por vaias, que acabaram sendo abafadas por aplausos dos diversos secretários e comissionados em geral que estavam presentes.

A prefeita continuou o discurso cobrando uma política efetiva do Governo Federal para que a questão não fique apenas na politicagem, mas que seja feita uma política efetiva.

Adriane falou da proposta de zerar a fila de vagas nos centros de educação infantil e da necessidade de combate à violência contra a mulher. "Sou mulher e vou lutar pelas mulheres e mães desta cidade".

Discurso dos vereadores

O presidente da Câmara, Papy (PSDB) disse que a Casa não será um puxadinho da prefeitura e que não se furtará de enfrentar qualquer debate, independentemente da polêmica que possa causar.

"Temos a harmonia dos poderes como essencial, mas nunca a custa da nossa liberdade. Seremos parceiros no que for benéfico, mas vigilante na fiscalização", afirmou.

O vereador Jean Ferreira (PT) falou em nome da oposição na Câmara e criticou as desigualdades na Capital, afirmando que enxerga uma cidade muito diferente da apresentada pela prefeita Adriane Lopes (PP).

Jean falou da necessidade de defesa das pessoas com deficiência, negros, indígenas e LGBTQIA+, pedindo para que a Câmara não seja um anexo ou puxadinho da prefeitura.

O vereador disse que a oposição fará um contraponto à gestão, não por diferenças ideológicas, mas por conta de várias coisas que não vão bem, relacionando, entre outros problemas, falta de vaga em Ceinfs e de remédios. Jean também foi vaiado durante o discurso.

O vereador Professor Juari representou a bancada do PSDB e defendeu que a Câmara coloque a cidade acima de qualquer questão ideológica.

"A população precisa que todos trabalhem unidos para entregar resultado, unidos para que Campo Grande saia da situação que está… que a gente deixe de olhar para o retrovisor e olhe para frente".