Operação cumpre 11 mandados de prisão em MS por contratos fraudulentos em prefeituras do PSDB
Investigação apontou desvios de R$ 10 milhões na educação
Operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), na manhã desta terça-feira (18), teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.
Conforme nota oficial, o Gaeco apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina (PSDB) e Rochedo, cujo prefeito é Arino (PSDB).
Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.

Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.
O esquema foi revelado a partir da apreensão de celulares apreendidos na Operação Turn Off, que revelou fraudes na saúde e educação, com fraudes no montante de R$ 68 milhões, que implicou empresários, secretário e servidores.
A operação chama-se "Malebolge", termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o "Malebolge" é a região onde os fraudadores e corruptos são punidos de acordo com a gravidade de seus pecados.