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Operação Malebolge

Confira lista dos 11 presos em operação do Gaeco que mirou prefeituras do PSDB

Investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações


Operação do Gaeco prendeu 11 pessoas (Fala Povo, Jornal Midiamax e Divulgação, Gaeco)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a operação Malebolge na manhã desta terça-feira (18) e cumpriu 11 mandados de prisão preventiva em Campo Grande, Rochedo e Ãgua Clara.

Confira a lista:

Campo Grande

Rochedo

Ãgua Clara

Em Ãgua Clara foram presas a secretária de Finanças, Denise Rodrigues Medis, e duas servidoras públicas da Secretária de Educação do Município, que não tiveram os nomes divulgados.

Operação "Malebolge"

Operação deflagrada pelo Gaeco e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Ãgua Clara, Rochedo e Terenos.

Segundo nota oficial, o grupo especial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Ãgua Clara, administrado por Gerolina Alves (PSDB) e Rochedo, cujo prefeito é Arino Jorge (PSDB).

Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.

"Malebolge", termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o "Malebolge" é a região onde os fraudadores e corruptos são punidos conforme a gravidade de seus pecados. 

Como o esquema funcionava?

Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.

O esquema foi revelado a partir da apreensão de celulares na Operação Turn Off, que revelou fraudes na saúde e educação, no montante de R$ 68 milhões, que implicou empresários, secretário e servidores.

Gaeco cumpriu mandados em prefeituras com apoio do Choque (Fala Povo, Jornal Midiamax)

Operação também interditou Câmara Fria

A Vigilância Sanitária interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos a prefeituras do interior, devido a irregularidades na conservação de alimentos, constatadas durante a Operação "Malebolge".

Durante a vistoria na empresa, que fica em Campo Grande, foram encontrados alimentos vencidos, com evidências de estarem impróprios para o consumo dos alunos a quem seriam destinados na rede de ensino.

Por isso, a Vigilância Sanitária foi acionada para, autuou a empresa e determinou sua interdição. Também houve apreensão de R$ 9 mil com um dos alvos das medidas judiciais.

Turn Off

MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra os irmãos - e empresários - Lucas Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho, o ex-secretário adjunto da educação de MS, Édio António Resende de Castro Broch, e a ex-servidora Simone de Oliveira Ramires Castro.

Na Operação Parasita, deflagrada em dezembro de 2022, os celulares de Lucas e Sérgio foram apreendidos. A partir dos dados extraídos, foi descoberta a rede de fraudes em licitações e corrupção, que chegou até os órgãos estaduais por participação de servidores.

Um dos contratos foi para fornecimento de ar-condicionado para a SED (Secretaria Estadual de Educação), no valor de R$ 13 milhões. A licitação teria sido direcionada e contado com participação da servidora da educação, Andréa Cristina Souza Lima.

Com isso, a empresa vencedora do certame foi a Comercial Isototal Eireli (CNPJ 06.305.092/0001-02). Tudo foi feito mediante pagamento de propina, aponta o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), com parte do dinheiro passado para Andréa e parte para a empresa do então secretário-adjunto da pasta, Edio Antônio Resende de Castro.

Leia também - Ex-secretários tiveram pedido de prisão após "limpa" em celular durante Operação Turn Off

Esquema em família

Ainda conforme as investigações, o esquema comandado pelos irmãos envolvia outros membros da família. Por exemplo, pagamentos ao então secretário-adjunto eram feitos por meio de Victor Leite de Andrade - implicado na 1ª fase da operação -, que é primo de Lucas e Sérgio. Victor é gerente de um posto de combustíveis que pertence aos primos.

Em outro pregão, o MPMS identificou que a empresa vencedora foi a Isomed Diagnósticos Eireli-ME (CNPJ 22.027.664/0001-87), que tem como proprietária a esposa de Sérgio, uma médica. Para vencer o contrato, ela também teria contado com ajuda dos servidores investigados, Simone e Thiago Haruo Mishima.

Em outro pregão, com quatro lotes, dois foram conquistados pela Comercial Isototal Eireli - de propriedade de Lucas -, enquanto outros dois lotes foram conquistados por uma empresa do tio de Lucas e Sérgio.

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