Laudo do Imol vai confirmar se Giseli estava viva ao ser queimada, diz delegada
O caso foi registrado como feminicídio, o sexto ocorrido em Mato Grosso do Sul em 2025 A polícia ainda aguarda por exame para determinar a causa da morte de Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, assassinada pelo companheiro no último sábado (1º).
O caso foi registrado como feminicídio, o sexto ocorrido em Mato Grosso do Sul em 2025
A polícia ainda aguarda por exame para determinar a causa da morte de Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, assassinada pelo companheiro no último sábado (1º). Exame pericial do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) vai determinar se Giseli foi queimada ainda com vida.
A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Analu Lacerda Ferraz, informou não é possível afirmar se a vítima estava viva quando teve o corpo incendiado. “Estamos aguardando o resultado se existia fuligem nas vias aéreas dela”, explicou Analu.
Outra hipótese para a causa da morte seriam as pedradas que a vítima recebeu na cabeça, conforme as primeiras investigações.
O acusado, Jeferson Nunes Ramos, de 41 anos, foi preso em flagrante após o crime na residência do casal, localizada na Rua Filipinas, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Informações preliminares apontam que o crime teria ocorrido após uma possível discussão entre o casal. Depois de agredir a vítima, Jeferson teria ateado fogo no corpo e enterrado em uma cova rasa no quintal da residência.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos e, ao chegar ao local, encontrou o suspeito detido por populares. Equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros também estiveram na cena para realizar os procedimentos periciais.
Jeferson recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Deam, onde permanece à disposição da Justiça.
Feminicídios em MS
Giseli Cristina Oliskowiski, que era dentista, é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025. O primeiro caso ocorreu em 1º de fevereiro, em Caarapó, quando Karin Corin, de 29 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, que também assassinou a amiga da vítima antes de cometer suicídio.
No dia 18 de fevereiro, Juliana Dominguez, de 28 anos, foi morta a golpes de foice em Caarapó, supostamente pelo companheiro, que acabou preso no dia seguinte.
A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi assassinada pelo ex-noivo em 12 de fevereiro, horas após solicitar uma medida protetiva.
Em 22 de fevereiro, Mirieli Santos, de 26 anos, foi baleada pelo ex-marido em Água Clara. O autor fugiu após levar a vítima ao hospital.
No dia 24 de fevereiro, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi encontrada morta em uma quitinete em Juti. O autor foi preso em flagrante enquanto tentava fugir pela BR-163.
A série de crimes evidencia a necessidade de reforço nas políticas de prevenção e combate à violência contra a mulher no estado.