Deputado se cala em audiência no Fórum da Capital
Demorou menos de 20 minutos a audiência desta segunda-feira, quando a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna interrogou o deputado estadual Neno Razuk (PL) CLIQUE AQUI PARA SEGUIR O INVESTIGAMS NO INSTAGRAM A reportagem apurou que o deputado se calou na audiência, que durou pouquíssimo tempo.
Demorou menos de 20 minutos a audiência desta segunda-feira, quando a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna interrogou o deputado estadual Neno Razuk (PL)
CLIQUE AQUI PARA SEGUIR O INVESTIGAMS NO INSTAGRAM
A reportagem apurou que o deputado se calou na audiência, que durou pouquíssimo tempo. Ele também não falou com a imprensa ao deixar o Fórum, acompanhado pelo advogado André Borges.
Com processo em sigilo, André Borges disse apenas que acredita em uma decisão até maio e que o principal vem agora, com as alegações finais.
"Processo se aproxima do final. A defesa confia na absolvição de Neno Razuk e nunca deixará de insistir nesse ponto fundamental", declarou André Borges.
O caso
O deputado estadual Neno Razuk (PL) é um dos denunciados na ação que investiga disputa pelo controle do "jogo do bicho" em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a "Operação Omertá".
Na primeira fase da operação, no dia 5 de dezembro, foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS e Ponta Porã/MS. Entre os alvos, o deputado Neno Razuk, quatro assessores parlamentares (entre os quais dois são policiais militares da reserva) e outras oito pessoas vinculadas à organização criminosa.
Na segunda fase, foram cumpridos 12 (doze) mandados de prisão preventiva e 4 (quatro) mandados de busca e apreensão, na cidade de Campo Grande/MS. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo o Gaeco, a partir do material na primeira fase, foi possível identificar o envolvimento de várias outras pessoas na organização criminosa.
"Segundo levantamentos, a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois da ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho nesta Capital. A organização é integrada por policiais militares da reserva e de 1 (um) ex-policial militar (excluído dos quadros da corporação), que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando", diz nota do Ministério Público.
Ainda segundo o Gaeco, 15 pessoas, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.
Foto: Helder Carvalho/Midiamax