Injusto ganhar R$ 19 mil, diz prefeito de Ivinhema que teve aumento para R$ 35 mil barrado na Justiça

Juliano Ferro diz que trabalha 'dia e noite' e, por isso, merece ganhar a mesma remuneração que o governador do Estado recebe

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), teve aumento de salário bloqueado pela Justiça (Reprodução)

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), teve aumento de salário bloqueado pela Justiça (Reprodução)

O prefeito - e influencer - de , Juliano Ferro Barros Donato (), se pronunciou aos seus quase 1 milhão de seguidores sobre decisão judicial que barrou aumento de R$ 19.904,00 para R$ 35 mil no salário.

A decisão foi proferida na noite de terça-feira (11) pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches em ação popular movida pelo  Douglas Barcelo do Prado. O reajuste também atingia o vice-prefeito, secretários, procurador e chefe de gabinete do município. O pedido indicava que a lei que aumenta gastos com pessoal foi sancionada a menos de seis meses do fim do mandato, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na decisão liminar (provisória), o magistrado pontua que "verifica-se que se encontram preenchidos os requisitos para concessão da tutela de urgência, eis que comprovada a probabilidade do direito e o perigo de dano, este último consubstanciado no fato de que os novos subsídios vêm sendo pagos desde o início deste ano, em evidente prejuízo ao erário".

Para Ferro, ganhar o mesmo salário que o governador Eduardo Riedel (R$ 35.462,27), só que para administrar um município de 24.233 habitantes (estimativa IBGE 2024), é justo. "Ivinhema tinha arrecadação anual de R$ 100 milhões. Elevei junto com meu quadro de secretários para quase R$ 300 milhões em quatro anos. Nós produzimos, estamos construindo uma cidade melhor, dando resultado para o povo e a pessoa fazer isso [referindo-se ao advogado]", justificou.

O prefeito alega ainda que a ação seria perseguição política, afirmando que o advogado que entrou com o processo não seria de Ivinhema.

Por fim, declarou que "a decisão judicial foi acatada. Se ficar isso aí, vou tocar, como toquei até agora. É injusto ser o mais baixo da região", concluiu.

Na ação, o advogado pontuou que, em quatro anos de mandato, o aumento do primeiro escalão do Executivo municipal causaria impacto de R$ 2.313.801,60 aos cofres públicos.