“O FAT provém com bastante conforto por um lado, e de outro lado temos evoluído bastante na discussão com organismos multilaterais, e com isso temos já hoje programado um pipeline de quase R$ 20 bilhões de captações com esses organismos”, disse na abertura encontro BNDES Day, promovido pela instituição e pelo Ministério da Economia, na sede do banco, no Rio de Janeiro.
Além disso, ainda de acordo com Tigre, depois de ter feito o pagamento ao Tesouro neste ano, o banco está com uma posição de caixa na ordem de R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões, projetada até o fim do ano.
Tigre acrescentou que, como parte do processo de evolução do BNDES nos últimos anos, se nota que o nível de desembolso do banco caiu por parte da readequação da instituição para funcionar em uma nova estrutura, mas já mostra que está voltando para níveis mais altos.
“Temos desembolsos projetados para este ano na ordem de R$ 90 bilhões, com contratações acima de R$ 100 bilhões, o que indica a continuidade de desembolso crescente para 2023 e uma projeção de caixa, quando se olha o para o ano que vem, ainda no final do ano na ordem do que ela está hoje”, disse.
No mesmo encontro, o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, disse que a instituição se debruçou fortemente no tema do saneamento e a carteira do setor tem algo em torno de R$ 400 bilhões de capital mobilizado. “É a soma de compromissos de investimento com outorgas ou dívida com setor privado”, disse, destacando que a carteira de investimentos impacta a vida de mais de 40 milhões de brasileiros, sendo uma resposta do tamanho que o Brasil precisa.
“A gente está falando de quase meio trilhão de reais entre operações já realizadas de capital mobilizado e o pipeline que a gente está deixando para a próxima gestão do banco. É muito importante que a gente guarde na cabeça. É muito, muito investimento”, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.