No Brasil, foram presas em flagrante 42 pessoas acusadas de produzir, compartilhar ou armazenar conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Outras cinco detenções foram realizadas na Argentina (3) e no Panamá, por autoridades locais.
Outros 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Argentina (12), Estados Unidos (2), Panamá (2) e no Equador (1), por autoridades locais.
Segundo o ministério, a Justiça expediu os mandados com base nos indícios reunidos no âmbito dos inquéritos policiais instaurados preliminarmente para identificar e apurar a atuação dos suspeitos. Todo o material já reunido equivale a cerca de 4 terabytes de conteúdo pornográfico infantojuvenil.
Para se ter ideia do volume de informações analisadas, 1 terabyte é o equivalente a mil gigabytes (GB) ou 1 milhão de megabytes (MB). Alguns dos telefones celulares mais modernos disponíveis no mercado brasileiro têm capacidade para armazenar até 128 gb de dados.
Ainda de acordo com o ministério, o material apreendido é fundamental para a investigação, pois pode levar à identificação de outros envolvidos com a produção e compartilhamento de material ilícito.
Esta foi a décima edição da Operação Luz na Infância, realizada desde outubro de 2017. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e deflagrada pelas Polícias Civis dos estados, a iniciativa já resultou no cumprimento de 2.047 mandados de busca e apreensão e em 993 detenções – embora segundo o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do ministério, Alessandro Barreto, houve casos de criminosos flagrados reincidindo em mais de uma edição da operação.
Ontem, ao conversar com jornalistas sobre os primeiros resultados da ação, Barreto aconselhou os pais e cuidadores a estarem atentos ao comportamento das crianças e adolescentes nos ambientes digitais.
"Papai, mamãe, acompanhem seu filho online. Em épocas em que todo mundo está conectado, preste atenção no que seu filho está fazendo na internet; em quem são os amigos dele; com quem ele está mantendo contato. Há muitos predadores utilizando perfis falsos para convencer crianças e adolescentes a mandar [compartilhar] conteúdo íntimo para enganar as crianças”, aconselhou Barreto, destacando a importância da atenção familiar. “A prevenção é o melhor caminho”, afirmou o coordenador.