Passageiros que estavam no ônibus de viagem em que Alfredo Araújo Garcia foi morto a tiro na manhã desta terça-feira (13) no Bairro Jardim Leblon, disseram que a cena parecia um filme. Desesperados, eles tentaram sair ao mesmo tempo do coletivo. O autor foi preso em seguida, por policiais à paisana que também seguiam para Ponta Porã.
Segundo um mecânico, de 41 anos, que estava sentado na poltrona que o atirador apoiou para mirar em Alfredo, os passageiros acharam que o autor ia voltar para efetuar mais disparos. "Eu vi ele subindo e entrando no ônibus. Quando ele entrou eu já percebi que estava armado, foi até próximo ao banheiro, já voltou e atirou contra a vítima. Ele saiu correndo, só que já "deu de cara" com dois policiais à paisana, um civil e um militar", explicou a testemunha.
Outro passageiro relatou ao Jornal Midiamax que todos tentaram sair do ônibus ao mesmo tempo. "Fiquei muito assustado, foi um desespero", afirma. Um passageiro que aguardava do lado de fora, por outro itinerário, afirmou que todos pensaram que o barulho era de bombinhas. "Percebemos que era algo grave quando o pessoal saiu desesperado e já viu o homem descendo", relatou.
A vítima havia embarcado na rodoviária da Capital e estava dentro do ônibus, quando o suspeito chegou em um carro, desceu, entrou no coletivo e teria disparado três vezes contra a vítima, mas dois disparos falharam. O tiro atingiu o tórax.
Em seguida, o autor tentou fugir e foi detido. O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados, mas Alfredo já estava morto.
O autor tem diversas passagens, por homicídio simples, tráfico de drogas, tentativa de homicídio, porte de arma e lesão corporal. Ele teria falado para a Polícia Militar que a vítima teria matado a irmã dele, sendo essa a motivação para o crime. Entretanto, em checagem inicial os policiais constataram que o autor não possui irmã de sangue.