"A FPF (Federação Portuguesa de Futebol) e Fernando Santos entendem que este é o momento certo para iniciar um novo ciclo", informou a entidade em nota.
Com o treinador à frente da equipe, Portugal conquistou os dois primeiros títulos da história de sua equipe principal, a Eurocopa de 2016 e a Liga das Nações, em 2019.
Ele também dirigiu o país em duas Copas do Mundo, em 2018, na Rússia, onde a nação caiu nas oitavas de final, diante do Uruguai, na atual edição, no Qatar, onde os portugueses avançaram até as quartas, fase em que foram superados pelo time de Marrocos.
A campanha em solo qatariano foi marcada, ainda, pela postura rígida em relação a Cristiano Ronaldo, 37, o principal astro e capitão da equipe.
O camisa 7 deu um chilique após ser substituído antes da metade do segundo tempo do jogo com a Coreia do Sul, na última rodada da primeira fase.
A atitude dele forçou o comandante a barrá-lo no jogo seguinte, diante da Suíça, pelas oitavas de final. O jovem Gonçalo Ramos, 21, foi escolhido para o lugar dele e fez três gols na goleada por 6 a 1. Cristiano Ronaldo só entrou na parte final do duelo, já com o placar, praticamente, definido.
Fernando Santos revelou que teve uma conversa com o astro antes de barrá-lo e que, apesar de o jogador discordar, eles se entenderam.
Na fase seguinte, ele esquentou o banco novamente, diante de Marrocos, e quando entrou não conseguiu evitar a derrota por 1 a 0. Saiu de campo chorando pela eliminação na última Copa do Mundo da carreira dele.
Menos de uma semana depois, a direção da Federação Portuguesa não só o demitiu o técnico como informou que já está à procura de um novo treinador.
"Foi uma honra ter podido contar com um treinador e uma pessoa como Fernando Santos na liderança da seleção nacional. A FPF agradece a Fernando Santos e a sua equipa técnica os serviços prestados ao longo de oito anos ímpares e acredita que este agradecimento é feito também em nome dos portugueses."