É tratado como caso de lesão corporal recĂproca a confusão envolvendo o candidato a deputado federal Saulo Batista (Republicanos), de 40 anos, e a amante de 29 anos, que terminou com esfaqueamento do candidato nesta segunda-feira (26). O fato aconteceu em um prédio de luxo na região central de Campo Grande.
Conforme a advogada Kalanit Tiecher, a mulher confirma ser amante do candidato e manteve com ele um relacionamento por mais de dois anos. Neste perĂodo, entre idas e vindas, ela teria sofrido agressões e ameaças do companheiro. Ainda segundo a advogada, os fatos foram registrados em boletins de ocorrĂȘncia.
A mulher teria inclusive solicitado medida protetiva contra o candidato, em meados de 2020. Sobre os fatos ocorridos nesta segunda, o delegado Gabriel Desterro, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento ComunitĂĄrio) Centro relatou que as partes apresentaram versões diferentes do ocorrido.
O advogado do candidato Saulo, Abadio Rezende, afirmou que a amante estaria mentindo e que não havia boletins de ocorrĂȘncia contra ele. Além disso, disse que ela só não teria sido presa por ser mulher. No caso, o delegado plantonista esclareceu que as lesões corporais foram recĂprocas.
Nenhum dos dois foi preso em flagrante e se comprometeram a comparecer quando intimados e também por não representarem riscos ao andamento das investigações.
Conforme dados do boletim de ocorrĂȘncia, o casal estaria discutindo desde a noite de domingo (25). Durante a discussão nesta segunda, a amante de Saulo teria sido removida do apartamento pela gerente e levada ao apartamento em que vive. Algum tempo depois, o candidato foi visto ensanguentado.
PolĂcia Militar e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de UrgĂȘncia) foram acionados. A suposta garota de programa com quem Saulo foi flagrado pela amante chegou a relatar aos policiais que estava com ele e que o casal estaria separado. Além disso, disse que foi perseguida pela autora e que fugiu, se escondendo em um apartamento em obras.
Na delegacia, ela mostrou as marcas nos braços e hematomas e alegou que foi agredida pela garota de programa e pelo amante, que teriam a enforcado e puxado os cabeços. A faca usada no crime e os celulares que estavam no apartamento foram apreendidos.
No canal de comunicação dos leitores do Midiamax, o WhatsApp 99207-4330, vĂĄrios cabos eleitorais do candidato revelaram que não estariam recebendo pagamento. Nesta segunda-feira, eles fariam um buzinaço pelo valor de R$ 100 que teria prometido a cada cabo, mas que não teria pagado.
Mais de 10 mensagens chegaram ao jornal, com a mesma reclamação de falta de pagamento. A princĂpio, a suspeita das testemunhas era de que o esfaqueamento teria acontecido durante discussão com uma eleitora.