A Fiems reuniu empresários e dirigentes sindicais para ouvir propostas e apresentar demandas aos candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado. A edição 2022 do "Encontros com a Indústria" foi realizada nesta quinta-feira (15/09), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande.
Participaram do evento Marquinhos Trad, André Puccinelli, Giselle Marques, Eduardo Riedel e Capitão Contar. A ordem de apresentações dos candidatos foi assim definida em sorteio prévio, na presença dos assessores de campanha. A candidata Rose Modesto também foi convidada, mas não compareceu ao evento.
Anfitrião do encontro, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressaltou o papel de destaque que a indústria assumiu na economia estadual nos últimos anos.
"A indústria hoje é a segunda atividade econômica do Estado e vem se consolidando ano a ano. Nossa indústria é diversificada, cada vez mais organizada e competitiva. Precisamos agora que os candidatos assumam o compromisso com essa atividade econômica que é de extrema importância para Mato Grosso do Sul. Só assim o segmento continuará a evoluir, fazendo com que nosso Estado seja plenamente industrial", afirmou Longen.
De acordo com as regras do evento, cada candidato teve 15 minutos para fazer sua apresentação e, em seguida, 5 minutos para responder a duas perguntas feitas pelos empresários. Para finalizar, cada candidato teve 3 minutos para fazer as considerações finais. Ao término de sua participação, o candidato recebeu um caderno de propostas estratégicas da indústria para o próximo governador eleito.
Marquinhos Trad
Ao ser questionado sobre os desafios para que a economia local continue a crescer, o candidato disse contar com o apoio da classe empresarial e defendeu a revisão da carga tributária, com redução ou até isenção de alguns impostos para determinadas categorias empresariais.
"Eu não governo sozinho. Conto com a ajuda de vocês empresários, com menos impostos e a multiplicação de oportunidades de emprego com capacitação e qualificação da mão de obra no Estado. Não podemos fazer uma política tributária injusta, fazendo com que o empresário engane a si próprio e traga prejuízo a todos nós", disse.
André Puccinelli
O candidato discursou sobre a importância de estabelecer uma nova política fiscal do governo que leve em conta a dinamização da economia, e recordou das iniciativas adotadas em suas gestões como prefeito de Campo Grande e governador do Estado.
"Procuramos desde aquela época praticar uma política ousada de incentivo fiscal. Quanto mais investe e gera emprego, mais incentivo. O governo tem de ser visto como um sócio da iniciativa privada. Governos não podem e não devem atrapalhar muito a iniciativa privada. Desde já firmo o compromisso de não subir nenhum imposto ou alíquota estadual no primeiro ano de mandato, afirmou.
Giselle Marques
Questionada sobre a possibilidade de condicionar a concessão de benefícios sociais a iniciativas de qualificação profissional, a candidata mencionou programas criados por seu partido que estabeleciam condições como a frequência escolar das crianças beneficiadas.
"É um equívoco pensar que as pessoas estejam desestimuladas a procurar emprego porque possuem benefício social. Está muito distante da realidade social do Brasil achar que os programas sociais façam com que a pessoa não procure emprego. Elas querem ter emprego e oportunidade de melhorar de vida, mas nem todos começam com as mesmas chances e condições", ressaltou.
Eduardo Riedel
O candidato defendeu uma relação mais transparente entre contribuinte e Estado e destacou a proposta da criação de um fórum de discussões sobre a questão tributária, que inclua a classe empresarial.
"O emaranhado tributário brasileiro é algo extremamente complexo, desafiador e que tira muito a competitividade das empresas. Insisto na defesa da reforma tributária, porque ela muda o modelo atual. Enquanto estivermos discutindo questões específicas dentro desse modelo, vai ser uma discussão permanente. O fórum é uma alternativa para escolhermos o caminho que queremos tomar", salientou.
Capitão Contar
Perguntado sobre quais medidas sua eventual gestão adotaria para estimular a geração de energias renováveis em Mato Grosso do Sul, o candidato frisou que o Estado deve atuar como parceiro da iniciativa privada, sem visar somente a arrecadação de tributos e a oneração da produção.
"Da minha parte, vou fazer o que puder para fomentar a geração de energia sustentável, através de biodigestores, pequenas centrais hidrelétricas, energia solar e eólica. Quero dar o exemplo instalando painéis solares em prédios públicos e projetos de habitação popular, e reduzir impostos para que isso seja difundido e utilizado em nosso Estado", disse.
Fonte: Dourados News