As vendas de veículos novos tiveram queda de 0,7% no acumulado de 2022, com 2,10 milhões unidades emplacadas contra 2,11 milhões do mesmo período do ano anterior. Em dezembro, as unidades vendidas chegaram a 216,9 mil, o que representa um aumento de 4,8% na comparação com dezembro de 2021 e 6,3% ante novembro.
A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos em dezembro foi de 102.444, o que significa um aumento de 1,4% ante dezembro de 2021 quando o número de postos de trabalho era de 101.050. Na comparação com novembro, quando havia 104.523 pessoas empregadas no setor, o número de empregos caiu 2%.
Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, o Brasil precisa de atenção na questão do crédito para que o setor evolua. “É o tema mais urgente a ser atacado. Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores para os veículos novos, sobretudo os modelos de entrada. Além disso, temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades”, disse.
Segundo ele, o setor continuará mantendo o diálogo com os novos governantes em nível federal e estadual, além dos parlamentares, para contribuir para o fortalecimento da indústria automobilística diante da conjuntura global cada vez mais competitiva.
Para o ano de 2023, a Anfavea prevê a produção de 2,42 milhões de unidades de veículos, o que representa um aumento de 2,2%. As vendas devem atingir as 2,17 milhões de unidades, com aumento de 3% ante 2022. As exportações devem alcançar as 467 mil unidades, o que resultaria em queda de 2,9%, na comparação com os números anteriores.