Jacinda Ardern deixou o cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia nesta quarta-feira, 25 [noite de terça em Brasília], após sua renúncia surpresa como chefe de governo na semana passada. Seu aliado Chris Hipkins, 44, foi empossado como o novo primeiro-ministro pelo governador-geral da Nova Zelândia em uma cerimônia na capital, Wellington. “Este é o maior privilégio e responsabilidade da minha vida”, declarou Hipkins ao assumir o cargo. “Estou motivado e entusiasmado com os desafios que temos pela frente.” Ardern afirmou na semana passada não ter mais “energia” para continuar. Durante seu mandato, a Nova Zelândia sofreu com catástrofes naturais, o pior ataque terrorista da sua história e a pandemia de Covid-19. Nesta última, a primeira-ministra levou o país para resultados positivos de destaque global. Em sua última aparição pública como primeira-ministra, na manhã desta quarta, Ardern deixou o Parlamento diante de centenas de transeuntes, que a aplaudiram de maneira espontânea. Seu governo de centro-esquerda lutou nos últimos dois anos contra o aumento da inflação, uma possível recessão e a ascensão da oposição conservadora.
Hipkins, responsável por arquitetar o plano de resposta da Nova Zelândia à pandemia, agora terá a missão de elevar os baixos índices de aprovação do governo antes das eleições gerais de outubro.Pai de dois filhos e apelidado de “Chippy”, Hipkins se considera um “kiwi (como são chamados os neo-zelandeses) normal, comum”, vem de uma família da classe trabalhadora e gosta de ir de bicicleta para o trabalho. “A Covid-19 e a pandemia criaram uma crise sanitária. Agora criou-se uma crise econômica e é nisso que meu governo focará”, afirmou Hipkins anteriormente.