Nas últimas semanas o BC foi alvo de críticas pelo presidente da República, que questionou o atual patamar de juros, 13,75% ao ano, e as metas de inflação a serem perseguidas pelo Copom, consideradas muito baixas por Lula.
A meta para o IPCA de 2023 é de 3,25%, e de 3% para 2024 e 2025. A expectativa dos agentes econômicos, segundo relatório Focus, estima que a inflação fique em 5,74% este ano, o que significaria um terceiro ano seguido de descumprimento da meta pela autoridade monetária.
Fontes ouvidas pela coluna descartam mudança da meta de inflação por enquanto, considerando o ruído que isso pode causar, além de afetar a credibilidade do Banco Central.
Na próxima quarta-feira o Copom anuncia decisão sobre os juros e deve manter a Selic em 13,75% ao ano. O mercado tem maior expectativa sobre o comunicado da decisão que deve conter alertas sobre os efeitos que uma política fiscal irresponsável e o debate deslocado sobre as metas para o IPCA que podem impactar a inflação e a redução dos juros este ano.
Segundo Focus, a Selic deve terminar 2023 em 12,5%, com início de cortes na taxa só no terceiro trimestre. A estratégia do Copom já visa inflação do início de 2024, quando o IPCA deve se aproximar dos 3%, objetivo do BC para o ano que vem.
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