Em 11/1, a Americanas informou ao mercado ter encontrado “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões. Aos poucos, ficou claro que houve uma maquiagem contábil nos débitos da empresa, para transparecer um endividamento menor do que o real.
Até que o anúncio sobre o problema do balanço viesse à tona, o endividamento conhecido da Americanas era de cerca de R$ 20 bilhões. No pedido de recuperação judicial, a varejista admitiu ter dívidas de R$ 43 bilhões.
O sobe e desce nas ações de empresas como a Americanas é comum. A cada nova notícia, investidores tentam aproveitar oportunidades ou evitar um prejuízo ainda maior.
Hoje, o que parece nortear o otimismo temporário é a notícia de que a Americanas entrou com recurso para tentar derrubar a liminar obtida pelo Bradesco para conduzir uma investigação em documentos e e-mails da varejista. O objetivo do banco seria buscar responsáveis pelo rombo contábil de R$ 20 bilhões, apurando a participação de diretores, conselheiros e sócios.
A queda vertiginosa dos papéis e a leve recuperação recente motivaram até mesmo um questionamento pela Comissão de Valores Mobiliários à Americanas. A autarquia, que exerce o papel de “xerife” do mercado quis saber se havia algum evento específico causando tal oscilação. Em resposta, a varejista disse apenas ser vítima de “movimentos especulativos” de investidores.
A volatilidade nas ações é alvo de um processo administrativo aberto pela CVM. Outros cinco processos estão correndo na autarquia, além de dois inquéritos.
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